Filme se passa nos anos 1920 e conta a história real de uma série de assassinatos de indígenas Osage
Um encontro de lendas do cinema sempre rende boas revelações. Dessa vez, o diretor de Assassinos da Lua das Flores (2023), Martin Scorsese, contou em uma sessão de perguntas e respostas com Steven Spielberg, em Los Angeles, que um dos integrantes do elenco — e grande parceiro de elenco — queria que o filme fosse gravado na língua dos indígenas nativos americanos Osage.
Baseado em um livro de não ficção de mesmo nome escrito por David Grann, o filme narra a história de uma série de assassinatos dos indígenas Osage, motivada por cobiça pelas terras deles em Oklahoma, onde havia petróleo.
No filme há cenas que o idioma Osage é falado e De Niro, que teve que aprender a falara a língua para o seu papel, chegou a perguntar para o diretor se não seria possível fazer toda a produção em Osage. “A propósito, muito da linguagem osage se perdeu, mas eles estão reconstruindo, por assim dizer. Havia um professor, Chris, e ele estava ensinando [Gladstone] e Leo, e também Bob,” disse Scorsese no bate-papo com Spielberg.
“De Niro gostou tanto que queria fazer a maior parte do filme em Osage, e eu disse: 'Você não pode, vamos lá, Bob',” contou. Spielberg também aproveitou a ocasião para elogiar o colega: “Você sabe como me sinto em relação a todos os seus filmes, mas este se destaca de uma forma que é muito impactante para mim. É uma jornada épica, mas não é um épico de Hollywood – para mim, é um épico humanitário.”