Após saída do baterista Joey Jordison e a morte do baixista Paul Gray, banda lançou novo disco e voltou ao palco Mundo do festival nesta sexta, 25
Quatro anos separam a última apresentação do Slipknot no Rock in Rio do show do grupo na madrugada deste sábado, 26, pela edição 2015 do festival carioca. Apesar de ser pouco tempo, muito mudou na banda norte-americana: além da morte do baixista Paul Gray (que já havia acontecido em 2010), o baterista Joey Jordison saiu de maneira conturbada, em 2013, e, após momentos de incerteza, o noneto lançou o primeiro disco em seis anos.
Slipknot superou morte de baixista para fazer o álbum mais honesto da carreira.
Com novas máscaras, novos baixista – Alessandro Venturella – e baterista – Jay Weinberg –, o Slipknot subiu ao palco Mundo com a responsabilidade de encerrar o quinto dos sete dias de Rock in Rio. A dupla que abre o mais recente álbum da banda – chamado .5: The Gray Chapter –, “XIX” e “Sarcastrophe”, deu início também ao show no Rio de Janeiro, em meio a muito fogo e pirotecnia.
Em seguida, eles emendaram dois hits: “The Heretic Anthem” e “Psychosocial”, convidando todo o público a cantar. “Temos muito para vocês, Rio de Janeiro”, disse o vocalista da banda Corey Taylor. “Mas preciso saber de uma coisa: estão prontos para ficar completamente malucos hoje?” Ele então começou a performance do single recente – já uma das queridinhas dos fãs – “The Devil In I”.
Mike Patton canta em português e encara calor em show do Faith No More em São Paulo.
“Quantas pessoas aqui têm o álbum .5: The Gray Chapter?”, seguiu perguntando ele, antes de tocar uma “música nova com pegada de antiga”, conforme anunciou, “AOV”, também do último disco. Apesar da boa recepção das novas faixas, eles seguiram com “Vermilion” – com Taylor cantando ajoelhado, de maneira característica, como se gritasse para o chão – e “Wait And Bleed”. “Rio, muito obrigado”, emendou o vocalista.
Apesar de ser um disco com uma formação modificada e ainda recente, .5: The Gray Chapter foi encaixado com coragem no setlist pelo Slipknot: foram seis faixas do álbum tocadas no total. Uma delas foi a balada “Killpop”, um dos momentos mais “frios” do show que, tradicionalmente, é intenso e pesado, com os integrantes correndo, rodando, pulando, gritando, transformando o palco em um lugar muito peculiar e caótico para os mascarados.
O Slipknot encerrou a primeira noite do Monsters of Rock diante de 30 mil pessoas, em 2013.
Depois de fazer um discurso sobre o preconceito sofrido pelo heavy metal – e quem gosta do gênero – Taylor puxou o maior hit da banda, “Before I Forget”, cantado a plenos pulmões. Depois de “Sulfur”, ele também pediu para o público cantar um “parabéns a você” coletivo para o percussionista fundador e um dos expoentes do grupo, o icônico palhaço Shawn Crahan (que fez aniversário na última quinta, 24). “Queria que todos vocês cantassem para o meu irmão”, acrescentou o vocalista.
Os mascarados ainda tocaram “Disasterpiece” e “Spit it Out” – como é costume, com o público agachado e depois pulando, tudo de uma vez – antes de encerrarem a primeira parte com a nova (apesar da já cara de hit) “Custer”. Após uma considerável pausa, eles voltaram para o bis, a todo vapor, com uma tríade de música antigas: “(Sic)”, “People = Shit” e a histérica “Surfacing”, encerrando o quinto dia de festival após mais de 1h40 de show.
Slipknot comandou o público em show no Rock in Rio 2011.
Nesta passagem pelo Brasil, o Slipknot ainda toca em São Paulo, na Arena Anhembi, no próximo domingo, 27, ao lado do Mastodon. O Rock in Rio segue para os últimos dois dias de shows. Primeiro, no sábado, 26, com Katy Perry e A-HA de headliners e, depois, no domingo, 27, com Sam Smith e Rihanna encerrando a edição nacional de 2015 do megaevento carioca.