Shawn Mendes, Skank, Grandmaster Flash, Miguel com Emicida e Elza Soares com Rael, entre outros, também se apresentaram no evento no sábado, 16
Lucas Brêda e Anna Mota, do Rio de Janeiro Publicado em 17/09/2017, às 05h05 - Atualizado em 18/09/2017, às 00h30
Depois de um primeiro dia entristecido pela ausência da atração principal, Lady Gaga (que cancelou o show na véspera), o Rock in Rio enfim respirou. Só a primeira apresentação do palco Mundo, do Skank, teve um público mais numeroso e atuante que o principal show do dia anterior, o "tapa-buraco" Maroon 5.
O headliner era o mesmo, mas o público era outro. Em vez de fãs murchos de Lady Gaga, o Parque Olímpico recebeu as típicas plateias facilmente agradadas, que fazem todo tipo de festa sempre que um hit (novo ou completamente desgastado) sai das caixas de som. As filas estavam longas desde mais cedo e a locomoção foi muito mais difícil, apesar de a saída, que apresentou problemas no dia anterior, ter sido aperfeiçoada.
Rock in Rio 2017: “tapa-buraco”, Maroon 5 canta “Garota de Ipanema” em show esforçado
Até mesmo o palco Sunset teve mais vida: Elza Soares, no auge nos seus 80 anos, emocionou em show com Rael. Mesmo a performance de Miguel, bastante esvaziada para o horário, ganhou um gás com a participação de Emicida e foi interessante por apresentar a uma plateia mais ampla sons novos e muito pouco explorados pelo Rock in Rio.
Antes dos headliners, o palco Mundo também recebeu o vastamente celebrado Shawn Mendes, com uma performance doce para um contingente jovem e deslumbrado quanto ele. A lenda Grandmaster Flash fez um boogie afiado com um set focado na disco music e nos anos 1970, incluindo a catártica "The Message", um pedaço de história lançado por ele em 1982.
Fergie fez um estardalhaço ao trazer ao palco Pabllo Vittar para cantar uma música dela mesma (com Anitta, "Sua Cara") e ainda convocou Sergio Mendes para a "catarticamente carioca" "Mas Que Nada". O show em si não foi dos mais inspirados, com Fergie abusando do playback e sofrendo com problemas no microfone, mas o público estava ali (quase exclusivamente) pelos hits, que lá estiveram.
Enfim com uma plateia "própria", o Maroon 5 foi esperto. Garantiu uma exclusividade para cada um dos dois shows seguidos da banda no festival. Na sexta, 15, a versão de "Garota de Ipanema", e, no sábado, 16, uma música inédita. Na prática, foi exatamente a mesma apresentação, do setlist às brincadeiras entre integrantes. Sem muito esforço, o Maroon 5 "funcionou" na véspera e dominou o dia seguinte, nos dois casos com a proposta mais infalível do Rock in Rio: a chuva de hits da FM.
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