The Offspring, Thirty Seconds to Mars e Capital Inicial também se apresentaram no último dia do evento
Acabou o Rock in Rio 2017. Depois de sete dias de shows, o Parque Olímpico do Rio de Janeiro viu o Red Hot Chili Peppers dar fim à festa de dezenas de milhares e fechar a tampa de mais uma edição de um dos festivais mais bem-sucedidos do mundo - a quarta carioca desde 2011, quando o Rock in Rio retornou à sua casa após versões em outros países.
O último dia foi tão cheio quanto as datas mais esperadas: especificamente os de Maroon 5 (no sábado, 16), Bon Jovi e Guns N' Roses. Quem foi ao Rock in Rio no domingo, 24, viu um palco Sunset praticamente sem encontros, completamente diferente dos dias anteriores. Em vez disso, uma série de atrações de rock pesado (uma possível "compensação" por não haver o tal "dia do metal") foram escaladas: o novo Ego Kill Talent, o agitado Republica (que acabou de lançar o disco Brutal & Beautiful) e, mais uma vez no festival, o pesadíssimo Sepultura, cujos shows catárticos sempre deixam a sensação de que mereciam o palco principal.
No palco Mundo, o Capital Inicial abriu os trabalhos. Liderada por Dinho Ouro Preto, figura tanto querida quanto personagem de meme, a banda fez o típico show de abertura do palco: hits muito conhecidos em sequência saudosista. Ouro Preto se esforçou bastante para honrar a veia política do grupo e manter as faixas mais verborrágicas ainda com algum sentido.
The Offspring e Thirty Seconds to Mars fizeram dois shows bastante distintos no palco Mundo. O primeiro foi sincero ao resgatar as faixas tão nostálgicas para os adolescentes de 20 anos atrás, em um show raro no line-up do Rock in Rio: punk e simples, e que conversou até com o público menos ligado. Já o Thirty Seconds to Mars deixou o som de lado para abusar das firulas: tirolesa como em 2013, bandeira do Brasil, fãs no palco, Jared Leto tomando açaí...
Grande atração do dia, o Red Hot Chili Peppers jogou seguro, com um show enxuto, de 17 músicas em 1h30 e poucas novidades. O quarteto está em turnê com o disco The Getaway (2016) e mostrou apenas três faixas do trabalho - para a alegria do público do megafestival, sempre sedento por hits.
O show do último headliner também revelou muito sobre a dinâmica deste Rock in Rio 2017. Foi uma apresentação que funcionou, especialmente quando a banda puxava algum sucesso ("Under the Bridge" foi apoteótica), mas que não foi memorável, assim como a maioria dos shows que passaram pelo palco Mundo. Houve, contudo, uma pesada exceção: o The Who, que em sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro fez uma apresentação difícil de se esquecer, repleta de clássicos da discografia da banda.
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