A ex-presidente da República apontou como o presidente da Câmara atua para não afetar os interesses de Bolsonaro
Após Rodrigo Maia afirmar que ainda tem convicção sobre voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff, a ex-presidente criticou o político por não manter o mesmo posicionamento crítico em relação a Jair Bolsonaro, segundo informações do Uol.
Maia participou da última edição do programa Roda Viva, da TV Cultura, e relembrou o processo de retirada de Dilmada presidência. O político também disse que não há “elementos” que sustentem legalmente o impeachment de Bolsonaro.
"A questão do impeachment da presidente Dilma estava dado, votei a favor com muita convicção e tenho até hoje essa convicção", disse o presidente da Câmara.
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Ele completou: "No caso do presidente Bolsonaro, não tenho elementos para tomar uma decisão agora sobre esse assunto. Impeachment é uma coisa que devemos tomar muito cuidado, não pode ser instrumento para solução e crises. Tem que ter um embasamento para essa decisão e não encontro ainda nenhum embasamento legal".
Em um pronunciamento oficial à imprensa, Dilmarespondeu os comentários do presidente da Câmara dos Deputados e disse que o político “dança conforme a música” para não afetar os interesses do atual governo.
"As supostas divergências políticas que diz ter com Bolsonaro são de pequena monta já que não o impedem de manter cargos na estrutura do atual governo. Ou ainda assegurem que sua conduta dócil não afronte aos interesses reais das tropas bolsonaristas. Rodrigo Maia dança conforme a música".
Ela continuou: "O parlamentar diz não ter convicções para apoiar um processo de impeachment contra um genocida como Jair Bolsonaro, mas não se furtou a defender meu afastamento do governo, mesmo sem crime de responsabilidade, como determina a Constituição Federal".
Dilma ainda criticou Bolsonaro e afirmou que o presidente da República não trabalha para a população, apenas para um sistema econômico de desigualdade estimulado pelo ministro Paulo Guedes.
"Ele não tem compromisso com a democracia ou com o povo brasileiro. Seu compromisso é com a manutenção da atual política econômica, responsável pelo aumento da desigualdade social e com a agenda neoliberal nefasta imposta pelo ministro Paulo Guedes."
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