“Estava errado”, disse o vocalista sobre processo na década de 80
Roger Waters se arrepende de ter processado seus ex-colegas de Pink Floyd nos anos 80 por causa do nome da banda. Waters, que chegou a chamar o grupo de “desperdício de força criativa”, enfrentou o guitarrista David Gilmour e o baterista Nick Mason na corte em 1986 para prevenir que eles formassem nova banda e gravassem com o nome de Pink Floyd, o que rapidamente teve uma repercussão negativa na imprensa.
Roger Waters: 10 clássicos da carreira solo e do Pink Floyd.
“Estava errado”, disse o cantor em entrevista com a BBC. “Claro que eu estava. Quem liga?”
Waters deixou o Pink Floyd para estabelecer uma carreira solo depois do disco The Final Cut, de 1983, e considerou sua saída em 1985 para marcar o fim da banda. Gilmour e Mason discordaram, e o resultado foi um término ruim na relação. Depois que Gilmour lançou um disco solo em 1984, ele se reuniu com Mason como Pink Floyd no disco A Momentary Lapse of Reason, de 1987, ano em que as partes chegaram a um acordo fora da corte.
“Foi uma das poucas vezes que a profissão legal me ensinou alguma coisa”, disse. “Porque quando fui até os companheiros e disse ‘Escuta, estamos quebrados, isto não é Pink Floyd mais’, eles disseram: ‘O que você quer dizer? Isto é irrelevante, é um selo e tem valor comercial. Você não pode falar que vai parar de existir. Você obviamente não entende de jurisprudência inglesa’.”
Waters, Gilmour e Mason se reconciliaram mais tarde e se juntaram para um show em 2005. O guitarrista e o baterista também fizeram aparições em shows da turnê The Wall, de Waters, em 2011, embora nenhum deles tenha demonstrado algum interesse real em se reagrupar como Pink Floyd.
Waters revelou também que trabalha em um novo disco, que deve ser seu primeiro desde a ópera Ça Ira, de 2005. “Tive uma ideia muito, muito forte e devo persegui-la”, afirmou. “Vou fazer pelo menos mais um disco e estou ansioso para me empenhar nisto.”