Julian Assange, fundador do Wikileaks, enfrenta guerra política entre Suécia, Reino Unido, Equador e Estados Unidos há quase uma década
Roger Waters tocou nesta segunda, 2, em uma manifestação em apoio a Julian Assange, fundador do Wikileaks que encontra-se preso em Londres, local da performance. “Estamos com você. Libertem Julian Assange,” disse o músico para uma plateia de cerca de 500 pessoas. A performance aconteceu em frente ao Home Office, entidade britânica responsável por questões de imigração e segurança.
Em seguida, tocou o clássico “Wish You Were Here,” do Pink Floyd. O título da canção pode ser traduzido para “gostaria que você estivesse aqui.” Waters também afirmou que Assange fica trancado “23 horas por dia.”
“Como podemos nos colocar no lugar de Julian Assange e seu confinamento na solitária, ou aquela criança na Síria ou na Palestina ou Rohingya sendo explodida em pedaços por pessoas que estão neste prédio aqui,” contestou o músico, apontando para o Home Office. “Isso chama-se empatia, e é a coisa mais valiosa que um ser humano pode ter em sua vida.”
Atualmente, Assange encontra-se preso em Londres depois de uma luta política de nove anos. Em 2010, a Suécia emitiu um mandado de prisão do jornalista - as suspeitas eram de agressão e estupro contra uma mulher sueca. O dono da Wikileaks negou e afirmou que não poderia ser preso, pois isso acarretaria na sua extradição para os Estados Unidos - onde seria julgado pelos vazamentos de documentos do governo.
O jornalista se entregou à polícia britânica em 2010, e ficou preso por dez dias - saiu sob fiança. Em 2012, sua contestação do processo falhou, e ele fugiu (violando os termos de fiança) e pediu asilo político ao Equador. Morou na embaixada britânica do país até o início de 2019, quando foi preso pelas autoridades do Reino Unido - e encontra-se agora em Londres, local em que Roger Waters fez a manifestação. Assista:
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