Capital Inicial faz a apresentação principal do evento, que acontece neste sábado, 3, no Memorial da América Latina, em São Paulo
Poucos minutos antes de subir ao palco para o show principal do Rolling Stone Festival, Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial, falou à RS Brasil sobre a “união do rock” e a validade do evento, que acontece neste sábado, 3, no Memorial da América Latina, em São Paulo. “[O festival] é importante em vários aspectos”, disse. “O principal: o rock and roll, de algum jeito, se abraçar.”
“Acho que temos [o rock] muito menos espaço do que tínhamos dez anos atrás ou até cinco anos atrás”, acrescentou o vocalista, cuja banda integra o line-up ao lado de nomes como Titãs, Sepultura, Emicida, Frejat, Ego Kill Talent, Ira! e Republica, entre outros. “Mas você vê renovação, você vê sangue novo pintando. Aqui vocês deram espaço para o Far From Alaska, o Scalene, que são novas bandas ótimas.”
Para Ouro Preto, o fato de os veteranos e o “sangue novo” do gênero estarem presentes em um mesmo evento ajuda a dar “uma unificação ao rock and roll brasileiro”. “Percebi muitas vezes o rock brasileiro se pautar muito mais por rivalidade do que pelo espírito de corpo ou de união”, seguiu. “Era mais torcer pelo fracasso do que pelo sucesso do vizinho. Talvez essa rivalidade não seja como já foi, mas também o companheirismo não existe ainda.”
O ícone do Capital Inicial ainda elogiou outro aspecto do Rolling Stone Festival: “há muitos estilos sendo apresentados”. “Desde o indie até o punk, passando pelo metal, rock mais tradicional, hip-hop, e está todo mundo dividindo o mesmo palco”, ressaltou, citando as diferenças de grupos como Scalene, Emicida, Titãs, Sepultura e o próprio Capital Inicial, por exemplo.
Perguntado sobre quais shows ele mais gostaria de ver, o vocalista ficou indeciso: “Far From Alaska, Scalene, Sepultura... todos. Gosto de todo mundo que está tocando. Do Emicida! [Risos] Acho que o line-up está bom para caralho.”