O grupo gravou faixas novas e planeja shows em Londres e Nova York
Em uma semana agitada, os Rolling Stones confirmaram que farão shows em novembro deste ano e lançaram a nova “Doom and Gloom”, uma das duas músicas inéditas que estarão na coletânea GRRR!, que comemora os 50 anos da banda e chega às lojas no dia 13 do mês que vem.
Os Rolling Stones se reuniram no estúdio Guillaume Tell, em Paris, e começaram a ensaiar “One More Shot”, a outra inédita da compilação, uma música recém-composta por Keith Richards com um de seus riffs cortantes característicos e Mick Jagger uivando “One more shot / That’s all I got” [Mais uma chance / É só o que tenho]. “Ela é imensamente poderosa”, diz o produtor Don Was. “Todos estavam sorrindo. Dá para reconhecer que é Rolling Stones a quilômetros de distância.” Essa música, além de “Doom and Gloom”, um rock político composto por Jagger, são as primeiras novas dos Stones desde A Bigger Bang (2005). Os quatro integrantes principais – mais Chuck Leavell no órgão e Darryl Jones no baixo – terminaram as faixas em quatro dias, dois menos do que o programado.
A banda também irá celebrar esse marco com shows até o final deste ano, dizem fontes à Rolling Stone EUA: duas apresentações na O2 Arena, em Londres, e duas no novo Barclays Center, em Nova York. Os boatos são de que Richard Branson, da Virgin, e o promotor australiano Paul Dainty promoverão os shows. “Isso foi realizado em uma operação típica do exército”, diz uma fonte familiarizada com a indústria de shows à Rolling Stone EUA (a banda não quis comentar sobre o assunto, mas em entrevistas recentes o guitarrista Keith Richards disse que as apresentações estão confirmadas).
As sessões de Paris aconteceram depois de um ensaio em abril em Nova Jersey. “Tocamos 50 músicas em cinco dias”, conta Ronnie Wood. Acrescenta Richards: “Foi incrível ouvir que elas soaram tão frescas quanto se podia esperar. Foi uma semana ótima.” Não se sabe ao certo se os shows levarão a mais apresentações, mas a banda está falando sobre tocar novamente. “Ligar os motores depois de cinco anos, cara, isso te faz lembrar do quanto todos amamos isso", afirma Leavell. “Ronnie está muito bem, a habilidade de Charlie está fantástica. Keith retornou à velha forma e Mick está cantando como nunca. Então, aí vamos nós!”
Com reportagem de Patrick Doyle e tradução de Ligia Fonseca