Diretor de O Pianista foi condenado em 1977 por ter feito sexo com uma garota de 13 anos (ou, conforme define a justiça norte-americana, estupro de vulnerável)
Roman Polanski não corre mais risco de ser extraditado do seu país, a Polônia, para os Estados Unidos. O diretor de O Pianista, O Bebê de Rosemary, Chinatown, entre outros, foi condenado em 1977, em Los Angeles, por ter feito sexo com uma garota de 13 anos (ou, conforme define a justiça norte-americana, estupro de vulnerável).
ArquivoRS: no exílio com Roman Polanski.
Nesta sexta-feira, 27, promotores poloneses desistiram de apelar contra uma decisão da justiça local contrária à extradição. Dessa forma, o caso está encerrado. O promotor Janusz Hnatko declarou que o juiz Dariusz Mazur estava certo em negar a extradição de Polanski para os EUA e que o sistema judiciário norte-americano não era confiável para tomar uma decisão justa.
As autoridades locais tinham dúvida sobre a conduta do juiz e dos promotores responsáveis pela prisão do artista durante 42 dias, entre 1977 e 1978, pelo mesmo acontecimento em questão. Na ocasião, o europeu acabou fugindo dos Estados Unidos antes de receber um veredicto. Ele chegou a ser preso em 2009, na Suíça, sendo posteriormente liberado.
À Reuters, Jan Olszewski, um dos advogado do cineasta, afirmou: “Falando por Polanski, posso dizer que sentimos um grande alívio que o caso tenha terminado. E isso significa que será possível para ele começar um filme planejado na Polônia.”
Aos 82 anos, o diretor, que nasceu em Cracóvia e além de polonês é cidadão francês e também tem residência fixa na França, deve filmar em seu país de nascimento um longa-metragem a respeito do Caso Dreyfus (escândalo político que abalou a França entre os séculos XVIII e XIX). Segundo a Variety, a produção teria orçamento de 35 milhões de euros – cerca de R$ 140 milhões – e contaria com participação de atores ingleses e norte-americanos.