Na época, fim dos anos 60, o músico e apresentador quis romper com as barreiras e fugir do estereótipo de bom moço
No fim dos anos 60, início dos anos 70, Ronnie Von fugiu do estereótipo de bom moço, do "Príncipe" que conquistava o público feminino pelos olhos claros. Ele seguiu por um caminho psicodélico, hoje em dia raro de se encontrar em vinil. Para embarcar na comemoração do Record Store Day, no dia 20 de abril, a Polysom decidiu reeditar três álbuns clássicos da discografia de Ronnie, justamente algumas das pérolas dessa fase.
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Ronnie Von (1968), A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) e A Máquina Voadora (1970), todos fora de catálogo há muito tempo, foram os escolhidos e chegarão às lojas em edições de 180 gramas, áudio remasterizado e arte da capa original. Veja na foto acima uma galeria com as capas dos três álbuns.
Eram tempos de loucuras e ousadias sonoras. Bebendo da fonte jorrada pelos Beatles, Ronnie buscou abrasileirar a sonoridade psicodélica, unindo-se ao sentimento tropicalista da época. O trio de discos foi pouco aceito pelo público, mas hoje eles são considerados relíquias pelos colecionadores.
O projeto faz parte do programa Clássicos em Vinil, que busca resgatar discos marcantes da história fonográfica brasileira e relançá-los. Álbuns como Secos & Molhados (de Secos & Molhados), Cabeça Dinossauro (Titãs),Nós Vamos Invadir Sua Praia (Ultraje a Rigor) e A Tábua de Esmeralda (Jorge Ben Jor) já passaram por esse processo.