Além de Pessoas Normais, Conversas Entre Amigos também virou uma minissérie, em recente entrevista a escritora explicou porque não quer mais adaptações
Redação Publicado em 23/09/2024, às 15h29
A renomada autora Sally Rooney, conhecida pelos romances Pessoas Normais (2018) e Conversas Entre Amigos (2017) não demonstra entusiasmo em ver mais adaptações televisivas de suas obras no futuro.
Em uma recente entrevista ao The New York Times, Rooney revelou que decidiu "não aceitar ofertas para ceder os direitos" de seu terceiro livro, Beautiful World, Where Are You?, lançado em 2021. Questionada sobre a razão dessa escolha, a escritora explicou: "Senti que era o momento de dar um tempo nisso e deixar o livro ser apenas ele mesmo por um tempo."
Pessoas Normais (2020) estrelado por Paul Mescal e Daisy Edgar-Jones, conquistou tanto a crítica quanto o público ao ser lançado nos Estados Unidos pela plataforma Hulu em abril de 2020. Posteriormente, seu romance de estreia, Conversas Entre Amigos, também foi adaptado pela mesma equipe, embora tenha recebido críticas mais variadas. Rooney contou ao The New York Times que sua participação na adaptação da segunda série foi limitada, pois estava ocupada escrevendo Beautiful World, Where Are You? – mas não se arrepende disso.
"A experiência de trabalhar em [Normal People] foi incrível em muitos aspectos -- a equipe envolvida foi fantástica. Mas também parecia um trabalho enorme," relatou Rooney ao Times. "Quando o programa foi ao ar, gerou uma quantidade enorme de discussões e atenção da mídia. Eu senti que aquele mundo não era onde eu pertencia. Percebi que meus livros são meu verdadeiro lugar, e é isso que quero continuar fazendo."
O quarto livro de Rooney, intitulado Intermezzo, narra a história de dois irmãos lidando com a perda do pai enquanto exploram duas relações românticas bastante distintas.
Sobre escrever sob a perspectiva masculina, Rooney comentou: "Estou ciente de que muitas pessoas pensam que meu trabalho é fortemente autobiográfico, mas na verdade não é. Esses personagens eram puramente fictícios, como todos os meus outros personagens fictícios, e eles me intrigavam. Então, a questão do gênero parecia muito secundária, embora houvesse momentos em que eu me perguntava: Será que acertei alguma coisa?"
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Assim, Sally Rooney continua a navegar pelo mundo literário com uma abordagem própria e reflexiva sobre suas criações e adaptações.
