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Notícias / Julgamento

Salman Rushdie deverá participar do julgamento do homem que o esfaqueou

Salman Rushdie será testemunha no caso em Nova York

Fernanda Decaris (@ferdecaris)
por Fernanda Decaris (@ferdecaris)
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Publicado em 01/11/2023, às 10h47 - Atualizado às 10h47

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Salman Rushdie é um autor britânico-indiano e foi atacado com facadas em agosto de 2022  (Foto: Ben Pruchnie/Getty Images)
Salman Rushdie é um autor britânico-indiano e foi atacado com facadas em agosto de 2022 (Foto: Ben Pruchnie/Getty Images)

Salman Rushdie será testemunha do julgamento do homem que o esfaqueou ano passado. O julgamento será no dia 8 de janeiro, em Nova York (via O Globo).

"Já estou em contato com representantes do Sr. Rushdie para alertá-lo quanto ao julgamento e para que possamos começar a prepará-lo", explicou  Jason Schmidt, promotor do caso. 

O incidente aconteceu em agosto de 2022 quando o escritor Salman Rushdie apresentava uma palestra em Nova York quando foi atacado e esfaqueado por um homem. Rushdie foi socorrido, mas perdeu a visão de um dos olhos e os movimentos de uma mão. Na ocasião, o escritor passou seis semanas no hospital. 

+++LEIA MAIS: Salman Rushdie perdeu a visão e movimento de uma das mãos após atentado em agosto

Em julho deste ano, Rushdie revelou à BBC que tinha dúvidas se iria comparecer no julgamento e reencontrar o agressor.

Parte de mim realmente quer ir ao julgamento e olhar para ele. Outra parte não quer ser incomodado", disse. "Não tenho uma boa opinião dele. E o que importa para mim agora é ser capaz de continuar a minha vida. Estou mais preocupado em seguir em frente," declarou na ocasião. 

O escritor também revelou estar escrevendo um livro sobre o episódio e voltou a andar com seguranças nos Estados Unidos.  Salman Rushdie viveu algo parecido em 1988 quando durante o regime iraniano um grupo o ameaçou de morte por supostas ofensas ao islã no livro Os Versos Satânicos.

 "Escritores não tem muito poder. Não temos exércitos. O que temos é a habilidade de escrever sobre o mundo. Se formos bons, o que escrevermos pode permanecer"