Aos 53 anos, o músico quer seguir carreira solo e "testar outros ambientes musicais"
Na última quinta, 31 de outubro, Samuel Rosa anunciou à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que o Skank encerrará as atividades por tempo indeterminado.
“É uma parada sem previsão de volta”, revelou o vocalista. “Quero me testar em outro ambiente musical, com outros parceiros. Cara, são 30 anos tocando com as mesmas pessoas! Já fiz de tudo lá. Está na hora de brincar um pouco, sabe?”
E, para ele, “é arriscado viver a vida sem correr riscos”: “O Skank já não oferece mais riscos. É muito cômodo. Você repete muitas vezes com medo do novo, mas você não percebe que é nesse amparo que você está se sufocando, morrendo.”
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A iniciativa de separação partiu do próprio Rosa, que “já quis parar o Skank outras vezes”, mas nunca deu certo. “Sempre que eu começava a achar que tinha caído no esgotamento de vez, vinha um Planeta Atlântida chamando para o casting. Surgia um show com sold out em Belo Horizonte”.
Apesar de tudo, a relação entre os integrantes da banda, Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Haroldo Ferretti, Henrique Portugal continua amistosa, conforme uma nota publicada pela banda.
“É um grande desafio pessoal para cada um”, escreveu o tecladista Portugal. “Pode ser extremamente saudável nos reinventarmos.”
Em 2020, o Skank, em atividade desde 1991, rodará o Brasil com a turnê “30 anos”, uma turnê de despedida. Enquanto isso, Rosa seguirá com a carreira solo e tem planos para 2021, ao passo que não pretende voltar para o Skank em breve: “Vislumbro isso lá na frente. Só que de alguma outra forma, em outra circunstância, em algum projeto pontual.”