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Notícias / PRISÃO

Sean 'Diddy' Combs: quais são as acusações contra o rapper?

Tráfico sexual, suborno, sequestro e outros

Foto: Shareif Ziyadat (Getty Images)
Foto: Shareif Ziyadat (Getty Images)

Nos últimos meses, Sean "Diddy" Combs, um dos maiores nomes da música e do entretenimento, tem enfrentado uma série de graves acusações que estão abalando sua carreira. O rapper e empresário, de 54 anos, foi preso em Nova York sob acusações de atividades ilícitas.

As alegações incluem:

  1. Tráfico Sexual
    Diddy é acusado de coordenar "freak-offs", eventos sexuais prolongados onde vítimas eram coagidas e drogadas para participarem de performances sexuais, muitas vezes filmadas sem consentimento. As vítimas incluíam tanto mulheres quanto trabalhadores sexuais masculinos.

  2. Associação Criminosa (RICO - Lei de Extorsão)
    A acusação alega que Combs liderava uma "organização criminosa" composta por suas empresas, funcionários e associados, que estavam envolvidos em várias atividades ilegais, como tráfico sexual, coerção e suborno.

  3. Sequestro
    Combs também é acusado de sequestrar indivíduos para forçá-los a participar desses eventos, mantendo controle sobre suas vidas pessoais e profissionais. As vítimas, segundo a acusação, seriam coagidas a participar dos eventos e, muitas vezes, ameaçadas de sofrer retaliações se tentassem se libertar dessa situação.

  4. Incêndio Criminoso
    O incêndio criminoso é quando alguém deliberadamente coloca fogo em algo para causar destruição ou para prejudicar outras pessoas. No caso de Combs, a acusação sugere que ele poderia ter ordenado ou participado de atos de incêndio criminoso, possivelmente para destruir evidências ou ameaçar.

  5. Suborno
    O rapper supostamente tentou subornar seguranças e outros envolvidos para encobrir suas ações ilegais, incluindo a ocultação de provas, como vídeos que poderiam incriminá-lo.

  6. Agressão Física
    Um vídeo de 2016, divulgado pela CNN, mostra P. Daddy agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura em um hotel.
    Fora isso, ele é acusado de abuso físico, emocional e sexual contra várias vítimas ao longo dos anos.

  7. Obstrução da Justiça
    Diddy também é acusado de tentar obstruir investigações, destruindo provas e ameaçando testemunhas para garantir que seus crimes não fossem revelados.

  8. Coerção e Intimidação com Armas de Fogo
    Durante os "freak-offs", o rapper e seus associados supostamente portavam armas para intimidar e ameaçar os participantes.

Kimora Lee Simmons, Russell Simmons, Natane Adcock, Damon Dash, Aaliyah, Diddy, Jennifer Lopez, Lisa Zane, Billy Zane, Victor Matthews, Matthew Broderick, Sarah Jessica Parker, Andre Harrell e Veronica Webb na festa de 'Puffy's Fourth of July' em 2 de julho de 2000
Kimora Lee Simmons, Russell Simmons, Natane Adcock, Damon Dash, Aaliyah, Diddy, Jennifer Lopez, Lisa Zane, Billy Zane, Victor Matthews, Matthew Broderick, Sarah Jessica Parker, Andre Harrell e Veronica Webb na festa de 'Puffy's Fourth of July' em 2 de julho de 2000

Outras polêmicas 

Além das acusações recentes, a carreira de Diddy já havia sido marcada por outras polêmicas e crimes:

  • Tiroteio: Um dos incidentes mais famosos envolvendo Diddy ocorreu em dezembro de 1999, quando ele e sua então namorada, Jennifer Lopez, estavam em uma boate em Nova York. Um tiroteio aconteceu no local, deixando três pessoas feridas. Após o incidente, a polícia encontrou uma arma no carro de Diddy, o que levou à sua prisão. Ele foi acusado de porte ilegal de armas e suborno de testemunhas, mas acabou sendo absolvido em 2001. Apesar da absolvição, o caso afetou sua imagem pública.

  • Agressões Físicas: Em 2015, Diddy foi preso novamente, desta vez por agressão na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). O rapper teria atacado um treinador de futebol americano com um haltere, após um desentendimento envolvendo seu filho, Justin Combs, que era atleta da universidade.

  • Processos: Diddy também enfrentou várias acusações no ambiente empresarial, principalmente relacionadas à sua gravadora, Bad Boy Records. Ex-funcionários e artistas sob seu selo alegaram condições de trabalho inadequadas, falta de pagamento e contratos exploratórios. Além disso, surgiram denúncias de assédio sexual e má conduta em suas empresas, embora muitos desses casos tenham sido resolvidos fora dos tribunais, com acordos financeiros.

  • Ex-namorada - Cassie Ventura: Em um processo civil, ela afirmou que foi forçada a participar dos “freak-offs”, e coagida a realizar atos sexuais com outros homens enquanto era filmada. Cassie também alegou que Combs se masturbava durante essas gravações e as usava como forma de controle e chantagem. 

A Defesa de Sean Diddy

Os advogados de Diddy, liderados por Marc Agnifilo, afirmam que as acusações de tráfico sexual são falsas e que os encontros eram consensuais. A defesa argumenta que, apesar de os "freak-offs" poderem ser chocantes, não houve coerção ou violência, como exigido pela lei de tráfico sexual.

Combs permanece detido, enquanto seu caso continua a ser investigado. As autoridades afirmam possuir uma grande quantidade de evidências, incluindo vídeos, fotos e depoimentos de vítimas, que podem complicar ainda mais a situação do rapper.

Afinal, o que são os 'Freak-Offs'? 

De acordo com os promotores, os “freak-offs” eram eventos planejados nos mínimos detalhes, durando dias e envolvendo drogas, violência física e sexo coagido. Os participantes, que muitas vezes precisavam de fluidos intravenosos para se recuperarem, eram ameaçados por Combs, que filmava os encontros para garantir o silêncio e submissão. Segundo a promotora Emily A. Johnson, esses eventos são o centro das acusações contra Diddy.

A logística dos "freak-offs" era coordenada por uma equipe de facilitadores, que cuidava da contratação de funcionários, reservas de quartos de hotéis, e fornecimento de drogas e outros suprimentos.