Sean 'Diddy' Combs: quais são as acusações contra o rapper?
Tráfico sexual, suborno, sequestro e outros
Aline Carlin Cordaro (@linecarlin)
Publicado em 23/09/2024, às 18h40Nos últimos meses, Sean "Diddy" Combs, um dos maiores nomes da música e do entretenimento, tem enfrentado uma série de graves acusações que estão abalando sua carreira. O rapper e empresário, de 54 anos, foi preso em Nova York sob acusações de atividades ilícitas.
As alegações incluem:
Outras polêmicas
Além das acusações recentes, a carreira de Diddy já havia sido marcada por outras polêmicas e crimes:
Tiroteio: Um dos incidentes mais famosos envolvendo Diddy ocorreu em dezembro de 1999, quando ele e sua então namorada, Jennifer Lopez, estavam em uma boate em Nova York. Um tiroteio aconteceu no local, deixando três pessoas feridas. Após o incidente, a polícia encontrou uma arma no carro de Diddy, o que levou à sua prisão. Ele foi acusado de porte ilegal de armas e suborno de testemunhas, mas acabou sendo absolvido em 2001. Apesar da absolvição, o caso afetou sua imagem pública.
Agressões Físicas: Em 2015, Diddy foi preso novamente, desta vez por agressão na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). O rapper teria atacado um treinador de futebol americano com um haltere, após um desentendimento envolvendo seu filho, Justin Combs, que era atleta da universidade.
- Processos: Diddy também enfrentou várias acusações no ambiente empresarial, principalmente relacionadas à sua gravadora, Bad Boy Records. Ex-funcionários e artistas sob seu selo alegaram condições de trabalho inadequadas, falta de pagamento e contratos exploratórios. Além disso, surgiram denúncias de assédio sexual e má conduta em suas empresas, embora muitos desses casos tenham sido resolvidos fora dos tribunais, com acordos financeiros.
- Ex-namorada - Cassie Ventura: Em um processo civil, ela afirmou que foi forçada a participar dos “freak-offs”, e coagida a realizar atos sexuais com outros homens enquanto era filmada. Cassie também alegou que Combs se masturbava durante essas gravações e as usava como forma de controle e chantagem.
A Defesa de Sean Diddy
Os advogados de Diddy, liderados por Marc Agnifilo, afirmam que as acusações de tráfico sexual são falsas e que os encontros eram consensuais. A defesa argumenta que, apesar de os "freak-offs" poderem ser chocantes, não houve coerção ou violência, como exigido pela lei de tráfico sexual.
Combs permanece detido, enquanto seu caso continua a ser investigado. As autoridades afirmam possuir uma grande quantidade de evidências, incluindo vídeos, fotos e depoimentos de vítimas, que podem complicar ainda mais a situação do rapper.
Afinal, o que são os 'Freak-Offs'?
De acordo com os promotores, os “freak-offs” eram eventos planejados nos mínimos detalhes, durando dias e envolvendo drogas, violência física e sexo coagido. Os participantes, que muitas vezes precisavam de fluidos intravenosos para se recuperarem, eram ameaçados por Combs, que filmava os encontros para garantir o silêncio e submissão. Segundo a promotora Emily A. Johnson, esses eventos são o centro das acusações contra Diddy.
A logística dos "freak-offs" era coordenada por uma equipe de facilitadores, que cuidava da contratação de funcionários, reservas de quartos de hotéis, e fornecimento de drogas e outros suprimentos.