Diretora Kathryn Bigelow e roteirista Mark Boal estiveram em contato com agência norte-americana e podem ter recebido informações sigilosas
O senado norte-americano está examinando correspondências entre oficiais da CIA e os responsáveis por A Hora Mais Escura, filme sobre a procura por Osama Bin Laden. Segundo noticiou a agência Reuters, a investigação busca especificamente descobrir se a agência norte-americana deu ou não à diretora Kathryn Bigelow e ao roteirista Mark Boal acesso “inapropriado” a materiais secretos, ou se membros da agência foram responsáveis por descrever as técnicas de interrogação brutas e se a aplicação delas foi efetiva.
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O filme já esteve em alvo quando alguns senadores o descreveram como “grosseiramente errôneo na sugestão de que a tortura resultou na informação que levou ao local onde o líder da Al Qaeda estava”.
Embora o filme seja uma dramatização da caça a Osama Bin Laden, documentos obtidos pelo grupo conservador Judicial Watch mostraram que Boal e Kathryn estavam em contato com oficiais do alto escalão da CIA e do Pentágono.
Uma troca de e-mails entre o Pentágono e a Casa Branca revela que Boal tinha “todo conhecimento e completa aprovação” de Leon Panetta, hoje secretário de defesa e na época da produção do longa diretor da CIA. A agência soltou nota afirmando que o filme é uma “dramatização, e não um retrato realista dos fatos” e que embora tenha estado em contato com os responsáveis, não teve controle sobre o resultado final de A Hora Mais Escura.