A faixa integrará o aguardado Machine Messiah, que será lançado em janeiro de 2017
Depois de divulgar no mês passado a capa e a tracklist do aguardado 14º trabalho da carreira, o Sepultura lança, nesta quinta, 10, o primeiro single de Machine Messiah. O próximo álbum do quarteto sairá no dia 13 de janeiro de 2017, via Nuclear Blast Records.
Intitulada “I Am The Enemy”, a canção foi uma das últimas a ser lapidada pela banda, conforme declara Andreas Kisser em comunicado. “Foi uma das últimas que nós trabalhamos antes de irmos para a Suécia gravar o álbum. Ela é bastante simples e com uma influência bem forte da cena hardcore dos anos 1990." A faixa está disponível para quem compra antecipadamente o futuro LP do grupo.
O Sepultura se apresentará no Rolling Stone Festival, que acontecerá no sábado, 3 de dezembro, em São Paulo. Na ocasião, o grupo encerrará a maratona de shows realizados no Memorial da América Latina sobre o palco Devassa Sente o Clima. “Estamos terminando mais um ciclo vitorioso na nossa carreira desde que lançamos o disco The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart, em 2013”, diz Andreas Kisser.
“E estaremos finalizando a grande turnê de 30 anos da banda, que passou por todos os continentes nestes dois últimos anos, fechando as celebrações com chave de ouro no Rolling Stone Festival.” Também em um clima festivo, o Sepultura fará uma performance que lembra a sua trajetória: “Vamos tocar toda a história e mais uma música nova do nosso próximo disco, que vai sair em janeiro de 2017”, adianta.
Os ingressos para o festival já estão à venda.
Mais sobre Machine Messiah
“Tá foda”, Andreas Kisser é categórico ao definir o próximo disco do Sepultura. O quarteto retorna com o primeiro trabalho de inéditas desde The Mediator between Head and Hands Must Be the Heart (2013), que marcou a estreia de Eloy Casagrande como baterista do grupo.
Da cosmopolita Los Angeles às gélidas paisagens escandinavas, a banda de Kisser, Paulo Jr., Derrick Green e Casagrande optou por chamar a Suécia de casa temporária enquanto concebia o 14º álbum de estúdio, cujo nome ainda não foi anunciado. “Gravamos entre Estocolmo e uma cidadezinha do interior chamada Örebro, onde fica a casa do produtor, Jens [Bogren]”, conta Kisser. “Ficamos bem isolados. Não tinha muito o que fazer a não ser pensar 24 horas por dia no novo trabalho.”
O álbum simboliza para Kisser não apenas duas décadas de Roots – clássico que cravou de maneira definitiva a importância do Sepultura em um âmbito global – mas também uma mudança de caminho em relação ao antecessor.
“Ao contrário do último disco, procuramos trabalhar mais os detalhes”, pontua o guitarrista. “O Ross [Robinson], que produziu o The Mediator..., é um cara muito espiritual e orgânico, que não se importa tanto com alguns erros na hora da gravação, já o Jens é extremamente detalhista. A gente precisava dar essa diferença. Acho que a mudança foi bastante positiva e saudável, e deu a possibilidade de expandirmos nossos limites como banda.”
O primeiro fruto da parceria entre o Sepultura e o produtor nórdico contará com orquestração do maestro brasileiro Renato Zanuto, com quem Kisser trabalhou anteriormente em um álbum solo. “Ficaram bonitos, pesados e maléficos”, diz o guitarrista sobre os arranjos orquestrais. “Além dele, o Jens chamou um violinista tunisiano para gravar algumas faixas com a gente, o que acrescentou uma sonoridade oriental à nossa música.”
Para o artista, este é um disco que mostra um Sepultura diferente. “Um Sepultura melhor”, conforme ele afirma.
Ouça uma versão ao vivo de “I Am The Enemy”.
Tracklist de Machine Messiah
1 - “Machine Messiah”
2 - “I Am The Enemy”
3 - “Phantom Self”
4 - “Alethea”
5 - “Iceberg Dances”
6 - “Sworn Oath”
7 - “Resistant Parasites”
8 - “Silent Violence”
9 - “Vandals Nest”
10 - “Cyber God”