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Sergio Moro não pediu inquérito contra coletivo de punks, mas admite que 'poderia ter sido' ele

Produtores do Facada Fest e bandas que participariam do festival foram interrogados pela Polícia Federal por supostamente incentivarem homicídio

Redação Publicado em 28/02/2020, às 09h00

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Parte do cartaz do Facada Fest 2020 (Foto:Divulgação)
Parte do cartaz do Facada Fest 2020 (Foto:Divulgação)

Após a Folha de S. Paulo publicar uma matéria na qual o título dizia que Sergio Moro havia pedido um inquérito contra um grupo de punks de Belém por causa de um cartaz anti-Bolsonaro, o ministro da Justiça respondeu, em um tuíte, que na verdade a iniciativa não foi dele, "mas poderia ter sido".

"Publicar cartazes ou anúncios com o PR [presidente da república] ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão. É apologia a crime, além de ofensivo", escreveu Moro.

O cartaz em questão diz respeito ao Facada Fest, evento musical que reúne bandas punk na capital paraense desde 2017. Na arte para divulgagar a edição deste ano, um palhaço com a faixa do presidente aparece empalado por um lápis. Veja abaixo.

O cartaz de 2019 já havia gerado polêmica. Nele, Jair Bolsonaro aparece com um bigode de Hitler, uma suástica no braço e vomitando fezes e vestindo uma cueca com a bandeira dos Estados Unidos, enquanto uma favela pega fogo.

Veja abaixo o cartaz da edição de 2019.

Na última quinta, 27, integrantes de bandas que tocariam no festival, como THC, Delinquentes, Filhux Ezkrotuz, além de produtores do evento, foram interrogados pela Polícia Federal, em Belém.


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