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Após polêmica, Sia revela estar dentro do espectro do autismo

Dois anos após envolver-se em controvérsia com portadores do transtorno, cantora de 47 anos revelou ter sido diagnosticada no TEA

Redação Publicado em 30/05/2023, às 16h30

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Sia (Foto: Getty Images)
Sia (Foto: Getty Images)

A cantora Sia revelou, na última sexta-feira (26), que foi diagnosticada como portadora do TEA, ou Transtorno do Espectro Autista. A revelação veio à tona no podcast Rob Has a Podcast, de Rob Cesternino, em que a artista revelou conviver com notícia de que se enquadra no espectro há pelo menos dois anos.

“Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas, por 45 anos, eu pensei... 'Tenho que colocar meu traje humano'. E somente nos últimos dois anos eu me tornei totalmente, totalmente eu mesma", explicou ela.

A revelação vem anos após Sia envolver-se em uma polêmica envolvendo o retrato da doença para seu filme Music. Primeiro por escalar uma atriz não-neurotípica, Maddie Ziegler, para viver a personagem principal, uma adolescente que vive espectro do autismo, com dificuldades de fala.

À época, Sia chegou a desculpar-se junto à comunidade do TEA, colocando um aviso no início do drama musical de 2021, dizendo:

"Music, de nenhuma forma, coaduna ou recomenda o uso de restrição forçada em pessoas com autismo. Há terapeutas ocupacionais para autismo especializados em processamento sensitivo, que podem ser consultados para explicar o uso seguro de promoção de uso de feedback proprioceptivo de alta pressão com segurança."

Após a polêmica, que ocorreu em 2021, Sia deu entrevistas dizendo que considerou suicídio e que acabou retornando ao uso de substâncias. Na entrevista da última sexta, Sia revelou estar sóbria atualmente.

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“Ninguém jamais poderá conhecê-lo e amá-lo quando você estiver cheio de segredos e … vivendo com vergonha. E quando finalmente nos sentamos em uma sala cheia de estranhos e contamos a eles nossos segredos mais profundos, sombrios e vergonhosos, e todo mundo ri junto com a gente, não nos sentimos como pedaços de lixo pela primeira vez em nossas vidas." disse a cantora sobre o diagnóstico.

"Nos sentimos vistos pela primeira vez por quem realmente somos, então podemos começar a sair para o mundo apenas operando como humanos e seres humanos com corações e não fingindo ser nada.”