Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Skank lança disco em São Paulo

Quase todo o disco novo, alguns hits e escolha do bis por celular marcaram o primeiro show paulistano de Estandarte

Por Artur Tavares Publicado em 08/11/2008, às 13h02

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail

O Skank fez o primeiro dos dois shows paulistanos de lançamento do álbum Estandarte nesta sexta-feira, 7. A banda tocou, praticamente, o disco na íntegra, e durante quase duas horas de apresentação ainda mostrou músicas de seus mais recentes trabalhos e poucos sucessos do passado, com participações de Negra Li, Andreas Kisser e dois integrantes do Cachorro Grande.

A banda subiu ao palco com uma hora de atraso, após o som ambiente do Citibank Hall receber a clássica peça de faroeste "The Good, the Bad and the Ugly", de Ennio Morricone, para o filme homônimo (aqui no Brasil Três Homens em Conflito). Com sonoridade renovada - as linhas de baixo eram pesadas, as baterias rápidas e guitarras secas, aceleradas - os integrantes do quarteto liderado por Samuel Rosa passaram toda a primeira meia hora do show apresentando o novo álbum.

Acompanhado por um trio de metais e um guitarrista, o Skank abriu com "Pára-Raio", seguida de "Canção Áspera". Neste ponto, o som cadenciado como o do The Police, e rápido como o do Franz Ferdinand esquentava a platéia, que arriscava cantar as novas músicas.

Lâmpadas gordas foram penduradas em corrente desde o teto até os lados do palco. Primeiro ficaram verdes e azuis, depois vermelhas. Clarearam quando o grupo tocou "Chão", quando luzes brancas fortíssimas piscavam, vindas de detrás do palco. Samuel aproveitou para se soltar, mas mantendo uma postura carregada de roqueiro.

A banda então trocou as distorções e os sintetizadores pela calmaria de "Mil Acasos", do álbum Carrosel (2006) e "Um mais Um", de Radiola (2004). Antes, fez a primeira de algumas jams musicais que marcaram as transições do show de um para outro estilo sonoro. O Skank agora voltava a ser romântico em suas letras.

Em seguida, uma parte mais pop da apresentação, com o hit "Uma Canção É Pra Isso", e depois "Beleza Pura", composição de Caetano Veloso e abertura de uma novela global. Mais solto, o público dançava empolgado. O combo seguiu com "Escravo" e "Amores Imperfeitos", que dedicou à cidade de São Paulo.

De vestido verde e com cabelo Black Power, Negra Li entrou para cantar "Ainda Gosto Dela", primeiro single de Estandarte. Diferente das outras músicas apresentadas do novo álbum até então, esta causou furor, e foi acompanhada em coro pela audiência.

Sons de pingos criados pelo sintetizador deram o ritmo de "Noites de um Verão Qualquer", seguida de outro sucesso, "Balada do Amor Inabalável", com mais suingue e distorções que sua versão original. Em um clima mais reggae, a banda mandou "Acima do Sol".

Outra jam, agora comandada por riffs pesados da guitarra de Samuel Rosa e da bateria baixinha de Haroldo Ferreti, abriu para "Três Lados". Confortável com os recentes sucessos do Skank, a audiência se soltou mais e cantou mais alto. Quanto "Vou Deixar" começou, as três mil pessoas que lotavam a casa gritaram em tom ensurdecedor.

Enquanto a banda de apoio era apresentada, o grupo principal se aquecia com batidas de blues, que se transformaram em "É Proibido Fumar", que se tornou "Garota Nacional". Um solo de Henrique Portugal no sintetizador abriu para "Dois Rios".

A banda anunciou o fim da apresentação com "Ali" e fechou com "Saideira". O público sabia que o Skank voltaria para o bis, porque lhe foi permitido votar por celular qual deveria ser a música que terminaria de vez a apresentação. Entre "Uma Partida de Futebol", "Resposta" e "Jackie Tequila", só as duas últimas foram tocadas. Apenas uma deveria ser escolhida, mas Samuel declarou "empate técnico", para delírio do público.

Antes, quis tocar uma última música de Estandarte, "Sutilmente", composta em parceria com Nando Reis. Pediu desculpas aos fãs mineiros por não tê-la tocado em Belo Horizonte, cidade natal da banda, no lançamento do álbum na cidade.

O voto pelo celular, que custava R$ 0,31 e ainda oferecia uma mensagem com o resultado parcial do placar, não foi a única forma encontrada pelo Skank para conseguir mais renda. Como se fossem artistas independentes, montaram uma barraquinha para vender seus discos no hall de entrada da casa de espetáculos.

O show acabou com participações do guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, e do vocalista e do guitarrista do Cachorro Grande, Beto Bruno e Marcelo Gross, fazendo um pesadíssimo cover de "Helter Skelter", dos Beatles.

Ao agradecer, o Skank pediu para o público voltar para o segundo show, que acontece neste sábado, ainda com ingressos disponíveis.

Skank lança Estandarte - 8/11

Citibank Hall - Av. dos Jamaris, 213, Moema - Informações: 2486-6010

De R$ 60 a R$ 150