Público se aglomerou nas laterais do palco Perry para ouvir o atual rei do dubstep
Era difícil entrar na tenda que abrigava o palco Perry quando Skrillex surgiu diante do público. O local estava apinhado de gente, que se aglomerava à espera do atual rei do dubstep e expoente da música eletrônica em geral. Quem não conseguia entrar, assistia à performance do astro das laterais da tenda, já que era possível ouvir o som alto e sujo do artista do lado de fora do local.
Ao vivo, o jovem Skrillex (o DJ e produtor tem 24 anos, e essa também parecia ser a média de idade da plateia) vai além do dubstep, usando outras vertentes da música eletrônica. Mas o que mais agrada quem o assiste são os beats “quebrados” do gênero, que promovem um mar de cabeças balançando para cima e para baixo, como que em reverência ao artista.
O público é incitado constantemente por gritos e frases geralmente ininteligíveis de Skrillex, que pede mãos para o alto de tempos em tempos. Mas mais que isso, a performance dele já é por si só estimulante: enquanto gira freneticamente os botões de seus equipamentos, ele se move de um jeito tão intenso que é de se imaginar que saia tonto do palco após a apresentação.
“Scary Monsters and Nice Sprites”, “Breakn’ a Sweat” (que conta com trechos de uma entrevista com Jim Morrison, além de ter a participação dos membros remanescentes do Doors) e “Rock n’ Roll (Will Take You to the Mountain)” foram executadas por Skrillex. Ele conseguiu uma resposta positiva durante 100% do tempo em que se apresentou, mas foi ainda mais celebrado quando tocou “Welcome to Jamrock” (uma versão envenenada da música de Damian Marley), “Kill Everybody” e “Cinema”, de Benny Benassi, uma música um pouco menos barulhenta que o normal (em termos de Skrillex), que fechou o set.