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Sobre o que eram as mensagens codificadas de Enola Holmes?

Longa estreou na Netflix em setembro deste ano

Redação Publicado em 12/10/2020, às 09h08

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Enola Holmes (Reprodução/Netflix)
Enola Holmes (Reprodução/Netflix)

Enola Holmes, filme da Netflix estrelado por Millie Bobby Brown, conta a história da irmã mais nova de Sherlock Holmes enquanto tenta encontrar a mãe desaparecida durante a Era Vitoriana no Reino Unido. Por mais que seja uma ficção, a produção conseguiu trazer alguns elementos fiés daquela época, como por exemplo as mensagens codificadas em jornais. O Looper explicou sobre elas.

As mensagens codificadas eram bastante usadas porque as mulheres, segundo o site, podiam "apenas dar a um homem um presente feito à mão". Além disso, elas deviam ir a todo lugar com um acompanhante e "não podiam se apresentar a um homem". Com essa dificuldade, aqueles que estavam a procura de um romance viam nos jornais uma opção de flerte.

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Nos veículos impressos, existia uma sessão chamada "A coluna da agonia", a qual era dedicada a mensagens pessoais, fossem elas codificadas ou não. Nesses relatos, as pessoas compartilhavam pensamentos e sentimentos mais profundos. Os leitores também gostavam de acompanhar os relacionamentos pelas mensagens, torciam por casais, e alguns até davam a própria opinião sobre o tudo.

Como as mensagens iam para um público grande, algumas pessoas adotavam códigos. A maioria, de acordo com o Looper, usava a Cifra de César, por conta da simplicidade. Nessa técnica, todas as letras da mensagem são deslocadas em um número definido no alfabeto. Então, após descobrir o número usado, decodificar a mensagem é, de certa forma, fácil.

No entanto, por ser uma Holmes, Enola usa um sistema de mensagens codificadas mais complexo, chamado cifra de transposição. Essas cifras não mudam nenhuma letra, mas sim as mudam de lugar. Isso pode ser fácil de resolver, mas a protagonista, provavelmente, combinou o sistema com a cifra polialfabética, a qual a mãe dela com base no livro The Language of Flowers.

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Porém, esse não era o único sistema de mensagem codificada trazido pela produção. O livro, citado acima, que Enola Holmes ganhou da mãe traz significados específicos atribuídos a diferentes tipos de flores - isso também era algo na Era Vitoriana. Chamado floriografia, esse era um sistema elaborado de simbolismo floral.

Em Enola Holmes, a protagonista afirma que íris significa "mensagem", enquanto outras flores possuem significados diferentes. Por exemplo, as tulipas vermelhas, supostamente, diziam "eu declaro meu amor", enquanto as rosas brancas representavam "não posso".


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