O DJ e produtor aproveitou a apresentação para mostrar faixa de seu disco inédito
O segundo dia do Sónar repetiu a sina do primeiro em termos de atraso. Um deslize logo no começo fez com que o DJ e produtor californiano Flying Lotus levasse sua sonoridade experimental ao Sónar Village somente às 22h40, sendo que estava escalado para começar às 22h. Além disso, estava programado para ser um show, mas a performance foi mais um DJ set, na realidade. Ele só pegou mesmo o microfone para cantar no final, quando fez uma versão de “Hard in Da Paint”, do Waka Flocka Flame, desceu do palco, pegou CDs e cumprimentou o público, agradecendo todo mundo pela pista cheia e pelo o carinho.
O som experimental dele passou por diversas vertentes. Começou em um hip-hop de batidas marcantes, emendou uma sonoridade mais leve, mas ainda voltada ao rap, passeou pelo soul e até pelo samba. Ele usou ainda trechos e samples de artistas e bandas como Kanye West, Tyler, the Creator, Radiohead (lembrando que o vocalista do grupo, Thom Yorke, colaborou no disco mais recente de Lotus), Portishead, entre outros.
Do seu material próprio, uma das que mais agradou foi “Do the Astral Plan”, de Cosmogramma (2010)., último álbum dele a chegar ao mercado. O artista contou ainda que seu novo disco, Until the Quiet Comes, sai “tipo em outubro, ou algo assim” (estava previsto para o próximo mês). Aproveitou a oportunidade e mostrou uma faixa do trabalho inédito, mas não sem antes dizer que não queria ver gravações daquilo no YouTube.