Excesso de grave e falta de definição prejudicaram a apresentação da dupla canadense
Estava tudo pronto para uma noite de dança no Sónar: um galpão lotado de gente empolgada e o duo canadense de electrofunk Chromeo no palco, disposto a fornecer a trilha-sonora perfeita.
E assim foi - mesmo com um sistema de som que reforçava excessivamente as batidas graves, abafando qualquer outra nuance das músicas. Em dupla o Chromeo consegue reconstruir a sonoridade que, na virada dos anos 70 para os 80, só era obtida por bandas bem maiores. Por outro lado, o ambiente do palco SonarClub – dentro de um galpão do Anhembi – parecia tremer a cada nota de baixo sintetizado.
O show começou às 2h30, com “Fancy Footwork”, e, já na segunda faixa, Dave 1 (guitarra e vocal) e P-Thugg (teclados, sintetizadores e vocal) mostram uma faixa nova, que deverá estar no sucessor de Business Casual (2010). Para não perder a atenção da plateia, o grupo voltou às conhecidas com “Tenderoni”, logo depois.
“Obrigado”, disse Dave 1 já mais para o meio do show, comprovando a gratidão com um ânimo aparentemente ilimitado. “Este é o nosso primeiro show de verdade em São Paulo.” Anteriormente, o Chromeo havia se apresentando em uma festa só para convidados, dois anos atrás.
A apresentação teve pouco menos de 60 minutos, tempo suficiente para que o duo ainda encaixasse em seu repertório pelo menos mais quatro sucessos das pistas alternativas: “Call Me Up”, “Bonafied Lovin’ (Tough Guys)”, “You’re So Gangsta” e “Night by Night”.