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Notícias / Já pensou?

Spielberg recusou mudanças que Universal propôs em A Lista de Schindler

O diretor revelou que Tom Pollock, executivo do estúdio, sugeriu uma mudança estética que poderia ter levado a história para outro rumo

Steven Spielberg (Foto: Kevin Winter/Getty Images)
Steven Spielberg (Foto: Kevin Winter/Getty Images)

Steven Spielberg é um dos maiores nomes do cinema e em 1993 ele lançou dois filmes que marcariam para sempre a carreira do já estabelecido diretor. Jurassic Park — marco dos filmes de ficção científica e fenômeno de bilheteria — e A Lista de Shindler, um dos mais poderosos relatos sobre o Holocausto. O filme ganhou sete Oscars, incluindo Melhor Filme.

O que não sabíamos é que o longa-metragem poderia ser diferente, se não fosse a insistência do cineasta. Ele era apaixonado pelo roteiro e queria contar a história de Oskar Schindler de uma forma bem específica, queria que seu filme fosse rodado em preto e branco — pelo fantástico diretor de fotografia Janusz Kamiński. Em uma recente história oral publicada no The Hollywood Reporter, Spielberg se lembrou de ter batido de frente com a Universal sobre se ele teria ou não permissão para filmar A Lista de Schindler em monocromático.

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O chefe da Universal na época era Tom Pollock, um executivo que supervisionou o lançamento de 200 filmes que arrecadaram juntos mais de US$ 10 bilhões de bilheteria. Sete dos filmes que supervisionou foram indicados para Melhor Filme. Ao lidar com Spielberg, porém, o executivo hesitou. Por um lado, o chefe estava razoavelmente desconfortável com a ideia do diretor estar trabalhando na pós-produção de Jurassic Park e na pré-produção de A Lista de Schindler ao mesmo tempo. A reviravolta de Spielberg foi tão rápida que foi necessário sobrepor as duas produções. Felizmente, George Lucas interveio para terminar a mixagem do filme sobre os dinossauros para que Spielberg pudesse trabalhar no filme histórico.

Além disso, Pollock não gostou do plano de Spielberg de fazer o filme em preto e branco. Spielberg relembrou suas interações com o executivo durante a entrevista: "Tom descobriu que eu decidi fazer o filme em preto e branco. Ele ficou muito chateado com isso. Ele me ligou e disse: 'É um negócio desafiador por si só. É preciso garantir qualquer retorno.' Porque eles concordaram em investir US$ 20 milhões para fazer o filme. 'Mas se você fizer isso em preto e branco, não nos dará nenhuma chance de recuperar nosso investimento.'"

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