“É mais fácil ser presidente dos Estados Unidos como negro do que ser o chefe de um estúdio”, disse o cineasta
Rolling Stone EUA Publicado em 17/11/2015, às 18h24 - Atualizado em 20/12/2016, às 12h50
Spike Lee criticou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas durante o discurso dele ao receber um Oscar honorário na noite do último sábado, 14, pela aparente negligência da associação em relação à indicações de negros ao prêmio.
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“Todo mundo aqui provavelmente votou em Obama”, disse ele na conclusão da passagem de 18 minutos pelo palco. “Mas nos escritórios [de Hollywood], não vejo nenhum negro exceto o segurança que checa meu nome na lista conforme eu entro em um estúdio.”
Ele acrescentou: “Então podemos falar ‘Yabba yabba yabba’, mas nós devemos ter uma conversa séria sobre diversidade e tirar algo disso. É mais fácil ser Presidente dos Estados Unidos como negro do que ser o chefe de um estúdio ou de um canal de TV.”
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Ele também agraciou o presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, por promover mudanças nas fileiras da instituição. Mas ele também pegou os ouvintes com uma ressalva: “Não sei se vocês sabem, mas Departamento de Censo dos Estados Unidos diz que no ano de 1943, norte-americanos brancos serão minoria neste país.”
“Pessoas em condições de se esconder, é melhor vocês ficarem espertas”, disse, em conclusão, Spike Lee. “Sua mão de obra deveria refletir a maneira que é o país”. A cerimônia de sábado foi feita para prestar a homenagem honorária a Lee e às atrizes Gena Rowlands e Debbie Reynolds. A Academia chamou o diretor de “um campeão dos filmes independentes e uma inspiração para jovens cineastas.”
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