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Spotify e Universal fecham acordo para restringir discos a assinantes por duas semanas após o lançamento

Álbuns de alguns artistas da gravadora podem ficar “fechados”, apenas para usuários premium, nos primeiros dias de lançamento

Rolling Stone EUA Publicado em 04/04/2017, às 17h49 - Atualizado às 18h11

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Daniel Ek, CEO do Spotify, em evento em Nova York. - Divulgação
Daniel Ek, CEO do Spotify, em evento em Nova York. - Divulgação

O Spotify vai permitir que alguns artistas coloquem seus novos álbuns com um paywall (necessidade de pagar para acessá-lo) nas duas primeiras semanas de lançamento, como parte de um novo acordo com um gigante da indústria, Universal Music Group.

Sob os termos do novo acordo, artistas podem tornar discos disponíveis apenas para o serviço pago premium do Spotify por até duas semanas, ainda que os singles do mesmo álbum fiquem disponíveis para todos os usurários. Como parte da parceria, o Spotify vai dar ao UMG maior acesso às estatísticas da plataforma, supostamente para ajuda a gravadora a expandir e engajar ouvintes.

Para o Spotify, o acordo com o UMG deve ajudar a empresa a renegociar os contratos com as outras duas gravadoras major, Sony e Warner, cujos catálogos são valiosos à plataforma. Para a Universal, o contrato marca uma mudança substancial, desde que o selo anunciou no ano passado que não iria mais oferecer lançamentos exclusivos em streaming.

O CEO do UMG, Lucian Grainge, tomou a decisão depois de uma onda de lançamentos exclusivos, incluindo artistas como Rihanna, Kanye West e Drake soltando seus álbuns apenas no Tidal ou na Apple Music. Parcialmente, as ações serviram para atrair usuários do Spotify, mas efetivamente cortou uma parcela de possíveis ouvintes.

Para Grainge, o ponto de mudança veio quando Frank Ocean lançou o álbum-visual, Endless (2016), na Apple Music – atendendo à obrigação contratual com a Universal e a Def Jam –, e, depois, soltou um novo LP inteiro, Blonde (2016), 24h depois, também na Apple Music, mas registrado sob o selo dele, Boys Don’t Cry.

Ainda que o UMG deva continuar com a política de proibição de exclusividades em um serviço de streaming, o acordo notavelmente marca uma mudança maior na maneira com o que o Spotify vai fazer negócios. Diferentemente de Apple Music e Tidal, o Spotify tem resistido a oferecer exclusividades e continua o único grande serviço com a opção gratuita – com anunciantes –, o que supostamente gera menores pagamentos de royalties aos artistas.