A batalha legal já dura 5 anos e caso irá para o Tribunal de Apelações dos EUA
A indústria musical experimentará um déjà vu quando Led Zeppelin voltar para o tribunal e encarar as alegações de que "Stairway to Heaven" copiou "Taurus", a música do Spirit. No entanto, dessa vez as apostas são bem maiores.
A batalha legal já dura cinco anos e o caso de "Stairway to Heaven" será apresentado ao Tribunal de Apelações dos EUA nesta segunda, 23.
O caso foi aberto após Michael Skidmore - representante do espólio do guitarrista do Spirit, Randy Wolfe - acusar Led Zeppelin de roubar o som da guitarra de "Taurus" (1968) do Spirit e usá-lo na abertura da faixa de "Stairway to Heaven" (1971).
Em 2016, os jurados decidiram a favor da banda britânica. No entanto, em 2018, o caso voltou para julgamento e apenas em agosto de 2019 o Departamento de Justiça respondeu em defesa de Led Zeppelin. Agora, um painel de três juízes fez a apelação para reverter a decisão.
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O julgamento ganhou mais atenção após casos baseados na lei de direitos autorais terem ganhado repercussão, como o da Katy Perry com "Dark Horse" e do Ed Sheeran com "Thinking Out Loud". Agora todos os olhares estão voltados para o caso Zeppelin-Spirit.
Wesley Lewis, advogado especializado em casos de direitos autorais, comentou para a Rolling Stone EUA sobre o processo. Lewis afirma que enquanto o caso original focava no plágio, o novo caso examina duas questões maiores: a "quantidade de expressão necessária para constituir um trabalho original e protegível" e qual a importância de cópias de depósitos físicas na proteção de direitos autorais. "Os problemas foram definidos de forma mais específica", disse Lewis.
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O advogado representante do espólio de Wolfe, Franciss Malofiy, também discutiu o caso com a Rolling Stone EUA. "Os réus, a indústria musical, os editores e os compositores aliados do Led Zeppelin. Todos estão tentando se envolver no maior roubo de arte de todos os tempos. Eles estão tentando dizer que qualquer artista atual pode roubar qualquer coisa do passado e mudá-la de forma leve, sem que seja processado por isso", disse Malofiy.
O posicionamento de Franciss Malofiy não encontrou muitos aliados na indústria musical, os quais contestaram o alcance atual da lei dos direitos autorais como muito amplo.
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Nos últimos anos vimos uma onda de ações judiciais de sucesso, como o caso do rapper Flame contra Katy Perry. O música acusou a artista de plágio por causa da faixa "Dark Horse". Em 2018, Robin Thicke e Pharrell Williams foram acusados pela família de Marvin Gaye por plágio com "Blurred Lines".
Qualquer que seja o resultado do caso Zeppelin-Spirit, ele provavelmente terá amplas ramificações fora da música, e é por isso que advogados de várias indústrias estão assistindo o caso com interesse.
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