O criador da saga não estava satisfeito com o rumo da nova trilogia
O diretor executivo da Disney, Bob Iger, revelou que o criador da franquia de ficção científica, George Lucas, "se sentiu traído" pelo rumo da nova trilogia Star Wars.
Antes mesmo da produção de Star Wars: O Despertar da Força (2015), Lucas já se mostrava "chateado" e "traído" ao saber que a Disney pretendia "seguir outra direção" em relação às ideias originais da nova trilogia.
"Alan Horn [diretor de criação da Walt Disney Studios] e eu lemos os esboços de George e decidimos que precisávamos comprá-los, embora tenhamos deixado claro no contrato de compra [da Lucasfilm pela Disney, em 2012] que não seríamos obrigados a aderir às tramas que ele havia traçado”, escreveu Iger no livro de memórias dele (via Comicbook.com).
E continuou explicando: "[Lucas] sabia que eu seria firme na questão do controle criativo, mas não era fácil para ele aceitar. E, assim, ele relutantemente concordou em estar disponível para nos consultar quando fosse necessário. Prometi que estaríamos abertos às sugestões dele (essa não era uma promessa difícil de fazer; é claro que estaríamos abertos às sugestões de George Lucas), mas não teríamos nenhuma obrigação."
Assim, "George ficou chateado quando começaram a descrever o enredo e ele percebeu que não estávamos usando uma das histórias que ele enviou durante as negociações", relatou o CEO. "Kathy [Kennedy - produtora de Star Wars: O Despertar da Força], J.J. [Abrams - diretor de Star Wars: O Despertar da Força], Alan e eu tínhamos discutido a direção pela qual a saga deveria caminhar, e todos concordamos que não era pela direçào de George."
"George sabia que não estávamos contratualmente vinculados, mas ele achava que a compra dos tratamentos da história era uma promessa tácita de que nós os seguiríamos, e ficou desapontado porque sua história acabou sendo descartada", concluiu Iger.