Stephen Graham fala sobre interpretar o pai de Bruce Springsteen — e uma possível sequência de ‘Adolescência’

Para Stephen Graham, este foi um grande ano para papéis paternos, começando com o pai perturbado de um filho problemático em Adolescência, da Netflix — série chocante que ele também cocriou. Ele tem uma atuação igualmente forte como um pai muito diferente, o problemático Douglas Springsteen, no novo filme Springsteen: Salve-me do Desconhecido.

O novo episódio do Rolling Stone Music Now explora a produção do filme biográfico (estrelado por Jeremy Allen White como Bruce Springsteen), com o apresentador Brian Hiatt conversando com Graham e com o diretor/roteirista Scott Cooper. Na entrevista, Graham fala sobre como se preparou para o papel, suas interações com Bruce Springsteen no set e muito mais. Para ouvir o episódio completo, acesse aqui o provedor de podcast de sua preferência, ouça no Apple Podcasts ou no Spotify.

Aqui estão alguns destaques da entrevista com Graham:

Bruce Springsteen aprovou pessoalmente Graham para o papel.

“Eu pensei: ‘O quê? Bruce sabe que eu existo?'”, lembra Graham. “E [o diretor Scott Cooper] disse: ‘Olha, eu quero que você interprete o papel por causa da gravidade que você vai trazer.’ E eu disse: ‘Sim, eu vou fazer isso.’ E ele disse: ‘Eu não te enviei o roteiro.’ Eu disse: ‘Você não precisa.'”

Graham descobriu uma chave para o personagem em conversas com Bruce.

“Uma das coisas mais importantes foi quando conheci Bruce, ele estava completamente inconsciente, mas o que ele fez foi mudar o tom de voz sempre que falava da perspectiva de seu pai”, diz Graham. “Sempre que ele falava sobre seu pai, havia uma sensação real de gravidade e, ouso dizer, um elemento de medo — um pouquinho — em sua voz. Então, era obviamente a percepção do homem que seu pai era… Então foi nisso que eu me baseei.”

Graham tentou equilibrar a gravidade do papel com a supervisão de seu jovem colega de elenco, Matthew Anthony Pellicano, que interpretou Bruce quando criança.

“Não se esqueça de que você está esperando entre as tomadas, e você tem a severidade, a profundidade e a gravidade do personagem que você interpreta em um homem com pensamentos profundos na cabeça”, explica Graham. “E uma forte sensação de pressentimento, mas, ainda assim, estou com um garoto de sete anos, e é a primeira vez dele em um filme, então eu tenho que tornar isso divertido para ele. Então é essa bela dualidade das duas coisas… Você tem que tornar isso adorável. Você tem uma obrigação porque você quer que ele tente fazer isso de novo.”

Graham descreve uma energia quase mística durante as filmagens de uma cena de reconciliação culminante entre Bruce e seu pai.

“Não quero parecer pretensioso, mas havia uma alquimia naquele espaço”, diz Graham. “E nós simplesmente entramos nisso. E eu e Jeremy mal nos falávamos. Mas havia uma conexão enorme e um sentimento que tínhamos. Jeremy é um ator maravilhoso. Ele é tão dedicado. Ele encarna Bruce de uma forma que eu acho que é, ouso dizer, metamorfose.”

Bruce Springsteen estava presente nas cenas domésticas mais sombrias, mas deu espaço para Graham trabalhar.

“Bruce não atrapalhou em nada”, diz Graham. “Do meu ponto de vista, ele era apenas mais uma fonte de conhecimento que eu poderia acessar se quisesse. Às vezes, no final de uma cena ou algo assim, ele simplesmente colocava a mão no meu ombro, sorria para mim e acenava com a cabeça. E para mim, era ele me dizendo: ‘Obrigado, muito bem.’ … Um dos momentos mais lindos foi quando estávamos filmando a cena em que as crianças correm pelo campo e aquela casa enorme na colina. E ele veio até mim e disse: ‘Uau, esse é o Doug‘. Eu fiquei tipo: ‘Sério?’ E havia uma espécie de sorriso no rosto dele.”

Graham diz que qualquer continuação de Adolescência não acontecerá tão cedo.

“Se decidirmos visitar esse mundo novamente em algum momento posterior, será uma história completamente diferente”, diz Graham. “Acho que essa história está contada em sua totalidade agora. Não há outro lugar para onde essa história possa ir. Conseguimos atingir nosso objetivo, que era criar um diálogo… Fazer parte de algo que desperta a consciência, e a conscientização, foi simplesmente inimaginável, para ser sincero. E me sinto muito honrado e extremamente abençoado por fazer parte de algo assim.”

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