A plataforma fez questão de mostrar sua relevância na indústria cinematográfica
Após a vitória de Roma e do diretor responsável Alfonso Cuarón no Oscar 2019, Steven Spielberg reforçou seu posicionamento totalmente contra a legibilidade de filmes produzidos por e para serviços de streaming em concorrerem ao prêmio dado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Em 2018 o cineasta já havia expressado sua opinião sobre o assunto. “Se você se compromete ao formato de televisão, você está fazendo um filme para a TV. Certamente que se for uma boa produção, merece um Emmy [no caso de séries], mas não um Oscar. Não acho que filmes exibidos em uma ou outra sala de cinema por menos de uma semana deveriam ser qualificados”, disse.
A Netflix, produtora do filme mencionado anteriormente (vencedor nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Diretor), respondeu a esse discurso anti-streaming de forma elegante e claramente sem o objetivo de se alongar no assunto.
A plataforma escreveu no Twitter: “Nós amamos cinema. E aqui vão algumas outras coisas que também amamos: acessibilidade para pessoas que não podem pagar toda hora o ingresso do cinema ou moram em cidade que não tem um; permitir que todos tenham acesso a lançamentos ao mesmo tempo, independente de onde estejam, e oferecer a cineastas mais formas de compartilhar sua arte. Essas coisas não são mutuamente exclusivas.”
Desde as indicações e as consequentes vitórias de Roma no Oscar 2019, os motivos apresentados por quem não concorda com filmes exclusivos de serviços de streaming concorrerem ao prêmio varia entre apontar o quanto de dinheiro a Netflix gastou com a produção, e usar como justificativa o fato do longa estar disponível em 190 países para ser assistido a qualquer momento.
Steven Spielberg deve iniciar um movimento para recrutar adeptos à sua causa na próxima reunião entre os responsáveis pelas regras da Academia.