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Sublime ignora ameaça de processo e retorna com novo vocalista

Família do ex-frontman da banda de surf music, morto há 13 anos, quer proibir uso do nome "Sublime"

Da redação Publicado em 27/10/2009, às 12h10

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Quando, no final de agosto, o Sublime anunciou retorno com o vocalista Rome Ramirez no lugar de Bradley Nowell, morto em 1996, a encrenca começou.

O baixista Eric Wilson e o baterista Bud Gaugh, membros remanescentes da banda responsável pelo hino da surf music "Santeria", escolheram Ramirez, um guitarrista e vocalista de 21 anos, para o posto central na nova fase do Sublime. Acontece que Nowell, antes de morrer, registrou o título do conjunto em seu nome. Agora, a família do músico tenta impedir, com um processo legal, que os antigos companheiros usem o nome da banda.

Formada na segunda metade dos anos 80, em Long Beach, Califórnia, a banda conheceu a fama na década seguinte, aproximando estilos como surf music, reggae, punk e ska. Para o terceiro e último álbum, póstumo ao frontman, o grupo trocou o selo indie Skunk Records por uma grande gravadora, a MCA, mais tarde incorporada à Geffen Records. O trabalho se chamaria, originalmente, Killin' It, mas o nome foi alterado devido à morte de Brad, aos 28 anos, por overdose de heroína.

Na semana passada, representantes dos Nowell anunciaram a abertura de um processo judicial contra Wilson, Gaugh e Ramirez. "Era a intenção expressa de Brad que nenhum uso do nome Sublime, em qualquer grupo que não o incluísse, e Brad até registrou a marca Sublime sob seu nome", atestou o comunicado oficial, reportado pela Rolling Stone EUA. "Como herdeiros de Brad, e com apoio da família inteira, nós apenas queremos respeitar seus desejos e, portanto, não permitimos que Bud e Eric chamem o novo projeto de Sublime".

Apesar de contrária à nova adesão, a nota frisa que o clã "sempre apoiou os esforços e desejo de Bud e Eric em continuar a tocar a música do sublime".

Recado dado, mas ignorado: com aval de uma corte local, o grupo se apresentou para 15 mil pessoas no SmokeOut Festival, na Califórnia, no último fim de semana. Em 13 anos, eles só haviam se apresentado como Sublime uma vez: em fevereiro, em Nevada (EUA), também com Ramirez nos vocais.

Baixista e baterista originais do grupo bateram de frente com a família não apenas em ações, mas também em palavras. "Sublime ainda tem uma forte mensagem de esperança e amor para compartilhar - uma mensagem que é especialmente importante nestes tempos difíceis. Os herdeiros de Brad, aparentemente, não compartilham essa visão", lafirma comunicado oficial divulgado pela dupla.

Ramirez dedicou a primeira canção do show, "Crazy Fool" ("tolo louco", em livre tradução), ao ocupante original de seu posto. Em seguida, entoou clássicos do Sublime, "Santeria", "Wrong Way" e "Date Rape" entre eles.