Brett Anderson e seus companheiros tocaram por intensos 60 minutos
Para o Suede, o tempo parece não ter passado. Durante a apresentação de uma hora no Planeta Terra, neste sábado, 20, em São Paulo, a banda pioneira do britpop mostrou hits (na Inglaterra, pelo menos) que não sofreram com o passar das décadas.
O show começou com o vocalista Brett Anderson já frenético em “She”, preocupado tanto em cantar quanto em gesticular para o roadie tentando explicar algum tipo de problema. Pouco depois, o funcionário posicionou um ventilador na frente do artista, que chutou o aparelho para longe minutos depois.
Mas parecia ser apenas excesso de energia, não má vontade. A plateia volumosa foi conquistada na segunda faixa, “Trash”, e cantou junto ao quinteto, que vestia preto (parecia ser o traje oficial do palco principal, já que a atração anterior, o Best Coast, também o adotou).
A boa recepção continuou com a sequência “We Are the Pigs”, “The Wild Ones” e “The Drowners”. A energia de Anderson não falhou em momento algum – o mais próximo que ele chegou de ficar parado foi em “Killing of a Flashboy”e ”Everything Will Flow”, quando brincou com o pedestal, além de arrastá-lo pelo palco.
Não houve muita comunicação com o público – um “oi, São Paulo” no começo, um ou outro “obrigado” entre as músicas – até a despedida. “Infelizmente meu português é péssimo, inexistente”, disse Anderson antes do bem recebido final com “Beautiful Ones”. “Mas obrigado por nos convidarem para o seu país.”