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Tancredo Neves será tema de documentário

Projeto de Silvio Tendler será lançado em 2010, centenário de nascimento do político mineiro, que morreu antes de virar presidente do Brasil, em 1985

Da redação Publicado em 18/09/2009, às 19h38

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Silvio Tendler lançará documentário sobre Tancredo Neves em 2010, ano que marcará 100 anos de nascimento e 25 de morte do político eleito para guiar o Brasil de volta à democracia, em 1985. De origem mineira, Neves morreu às vésperas de ser empossado presidente da República.

O nome de Tancredo veio à tona após o movimento conhecido como Diretas Já ser frustrado por manobra governamental. Assim, Neves foi o último mandatário escolhido por voto indireto do colégio eleitoral para governar o país, embora seu nome já servisse como prenúncio à redemocratização. A morte do mineiro alçou José Sarney ao posto de primeiro presidente brasileiro pós-ditadura. O sucessor veio do Arena, ex-partido militar, e foi recentemente abalado por série de denúncias, que perigaram removê-lo da atual presidência do Senado.

O projeto será finalizado em março de 2010, ano em que serão realizadas pela sexta vez consecutiva eleições diretas no país. A pré-produção começou este mês, numa parceria entre Caliban (produtora de Tendler) e Intervídeo (de Roberto D'Avila).

Neto de Tancredo, atual governador de Minas Gerais e potencial candidato à presidência em 2010, Aécio Neves terá participação ativa, nos bastidores e como parte do documentário, informou a produtora executiva Lara Velho ao site da Rolling Stone Brasil. "Contamos com o apoio da família Neves. No final de semana, [Aécio] encontrou com Silvio e os dois conversaram sobre filme", disse Velho.

A abordagem fugirá do estigma de "documentário político". "O Silvio quer dar uma modernizada no approach do tema. Não quer ficar só na coisa política, biográfica. Isso está muito distante, soa maçante e chato", afirmou Lara.

Para tanto, o cineasta mapeará não só a vida do político, mas também atentará às circunstâncias da época - principalmente, a volta do Brasil à democracia. Estão nos planos de Tendler entrevistas com vários artistas da época, como Chico Buarque, Wagner Tiso, José Wilker, Fernanda Montenegro, Fafá de Belém e Christiane Torloni.

Não será a primeira vez de Tendler em filmes com temática política. Em 1980, o documentarista lançou Os Anos JK, sobre o presidentes Juscelino Kubitschek (1956-1961); quatro anos depois foi a vez de Jango, que pôs em foco João Goulart, mandatário derrubado do poder pelos militares no golpe de 1964.