Após denúncias de possíveis irregularidades na negociação da vacina indiana Covaxin, o TCU solicitou uma explicação do governo Bolsonaro
Benjamim Zymler, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou ao Ministério da Saúde que explique o aumento do preço da Covaxin durante negociações. Segundo o Estadão, o governo Bolsonaro tem 10 dias para revelar o motivo para o valor das doses aumentar de US$ 10 para US$ 15.
Conforme matéria do Estadão, a oferta mais baixa foi feita na primeira reunião da pasta com representantes da farmacêutica Bharat Biothec e da Precisa Medicamentos, responsáveis pela fabricação e intermediação do contrato, respectivamente. O acordo final, contudo, determinou a compra de 20 milhões de doses por R$ 1,614 bilhão.
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A solicitação do ministro Zymler inclui diversas informações do Ministério da Saúde, como cópia de todos os memorandos de entendimento e de todas as atas de reunião que abordaram a aquisição do imunizante; a existência (ou não) de um comparativo de preços realizado pela pasta; e a razão da mudança de valor da dose.
Ainda, o ministro do TCU pediu para a CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid enviar, em 30 dias, documentos sobre a contratação da Covaxin. Após as suspeitas de corrupção envolvendo a negociação, o contrato foi suspenso.
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Com o valor de US$ 15 por dose, a vacina indiana Covaxin é o imunizante mais caro adquirido pelo governo brasileiro. Segundo reportagem do Estadão, contudo, o preço é 1.000% mais alto do que a própria fabricante estimou em agosto de 2020.
Outra questão que difere a compra da Covaxin dos outros imunizantes é a forma da negociação. Em relação às outras vacinas, a compra foi intermediada com os fabricantes, mas a dose indiana foi adquirida pela intermediação com a empresa Precisa.
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