Confira a lista com trabalhos que revolucionaram a indústria musical, trazendo a ideia de que um novo ato estava em ascensão
The Strokes, Ramones e Guns N' Roses: confira, abaixo, os 15 melhores álbuns de estreia de todos os tempos.
A lista foi realizada pela Rolling Stone EUA a partir de trabalhos que revolucionaram a indústria musical, trazendo a ideia de que um novo ato estava em ascensão; de que os músicos estavam prontos para reinventar o mundo à própria imagem.
Por isso, discos de artistas que obtiveram conquistas muito maiores no decorrer de sua carreira foram atracados, ao passo que um reconhecimento adicional foi dado a discos que nunca foram superados.
Não foram contempladas, ademais, as estreias solo de artistas que já participavam de bandas conhecidas.
Arcade Fire
Gravadora/Ano: Merge 2004
Perda, amor e amadurecimento: a estreia do Arcade Fire enfatizou todos esses temas ao definir o rock independente dos anos 2000. Músicas como "Wake Up", "Neighborhood # 1 (Tunnels)" e "Rebellion (Lies)" eram, ao mesmo tempo, genéricas e pessoais.
Jay-Z
Gravadora/Ano: Roc-A-Fella 1996
"O estúdio era como um divã para mim", disse Jay-Z à Rolling Stone, trazendo, em sua estreia, os sonhos e lamentos de um traficante. O álbum mostra Jay-Z como um garoto de esquina capaz de inventar novos níveis de destreza lírica e o estabelece como um dos principais rappers da sua geração.
The Pretenders
Gravadora/Ano: Sire 1980
Após anos viajando por Ohio e Inglaterra e saindo com os integrantes do Sex Pistols, Chrissie Hynde montou uma banda tal qual sua atitude. A estreia perfeita dos Pretenders é repleta de new wave, como "Mystery Achievement", além de um cover de "Stop Your Sobbing", de The Kinks, mas o maior sucesso foi "Brass in Pocket", uma canção sobre ambição e sedução.
The Clash
Gravadora/Ano: Epic 1979
"Não me iludo com nada", disse Joe Strummer. "Dito isso, ainda quero tentar mudar as coisas." Eis a ambição juvenil que explode com The Clash, que traz músicas sobre desemprego ("Career Opportunities"), corrida ("White Riot") e sobre eles mesmos ("Clash City Rockers"). A maior parte da guitarra foi tocada por Mick Jones, porque Strummer considerava que a técnica de estúdio não era suficiente para o punk.
Nas
Gravadora/Ano: Columbia, 1994
Nas tinha 20 anos quando lançou seu primeiro álbum, mas já era um mestre na arte de contar histórias. Ninguém capturou tão bem o perigo da vida nas ruas como esse prodígio lírico, que traz, em sua estreia, frases citáveis, como "Eu nunca durmo, porque o sono é primo da morte."
Era o início de uma nova - e conturbada - fase.
Patti Smith
Gravadora/Ano: Arista 1975
A começar pela primeira linha desafiadora do álbum, "Jesus morreu pelos pecados de alguém, mas não pelos meus", Patti Smith declarou sua fé nos poderes transfigurados do rock & roll. Horses fez dela a rainha do punk, mas Smith se importava também com a poesia no rock, buscando o fio que conectaria o músico Keith Richards, do Rolling Stones, e o poeta Rimbaud.
The Band
Gravadora/Ano: Capitol, 1968
O álbum Music From Big Pink é um abraço ousado entre a tradição americana e a simplicidade dos pés na terra, lançado numa era de protestos e muita psicodelia. "Big Pink" refere-se uma casa cor-de-rosa em Woodstock, Nova York, para onde The Band se mudou quando Dylan sofreu um acidente de moto. Enquanto o músico se recuperava, a banda o apoiou no álbum The Basement Tapes e fez sua própria estreia.
Dylan se ofereceu para tocar no álbum; mas eles disseram que "Não, obrigado". "Não queríamos apenas montar no nome dele", disse o baterista Levon Helm.
The Strokes
Gravadora/Ano: RCA 2001
Poucas bandas tiveram uma estreia tão brilhante quanto os Strokes. Antes mesmo de sair, os ragamuffins modernos de Nova York tornaram-se sensações da noite para o dia. Julian Casablancas, os guitarristas Nick Valensi e Albert Hammond Jr., o baixista Nikolai Fraiture e o baterista Fabrizio Moretti estavam preparados para estrelar, inspirando uma revolta irregular na Grã-Bretanha, liderada pelo Arctic Monkeys. Durante a meia hora de Is This It, as sombras de Nova York soam cruéis e emocionantes.
The Sex Pistols
Gravadora/Ano: Warner Bros. 1977
"Se as sessões tivessem sido do jeito que eu queria, o álbum seria inacessível para a maioria das pessoas", disse Johnny Rotten. "Eu acho que é a própria natureza da música: se você quer que as pessoas escutem, terá que se comprometer." Contudo, o único álbum de estúdio do Sex Pistols aterrorizou uma nação inteira em uma apresentação assustada. Parece uma rejeição de tudo o que o rock & roll - e o próprio mundo - tem para oferecer.
N.W.A.
Gravadora/Ano: Priority 1988
Straight Outta Compton foi o começo do rap, e lançou, também, as carreiras de Ice Cube, Eazy-E e Dr. Dre. Enquanto o Public Enemy revolucionou politicamente o hip-hop, o N.W.A. celebrava a vida do bandido. "Eu pareço um modelo de merda?", canta Ice Cube sobre "Gangsta Gangsta". "Para uma criança que me admira, a vida não passa de cadelas e dinheiro". Com o protesto "Fuck Tha Police", a tripulação recebeu sua maior honra: uma carta ameaçadora do FBI.
The Velvet Underground
Gravadora/Ano: MGM/Verve 1967
Muito do que conhecemos sobre o rock não existiria sem que essa banda de Nova York tivesse lançado The Velvet Underground and Nico, que traz a sexualidade andrógina do glam; o punk noir; o uivo grunge e o noise rock. Sem medo de ousar na profundidade lírica, o álbum da banana (assim conhecido por sua capa criada por Warhol) foi rejeitado e dito niilista pela multidão, mas continua sendo o disco de rock mais profético já feito.
Guns N' Roses
Gravadora/Ano: Geffen 1987
O álbum de estreia mais vendido dos anos 1980, Appetite for Destruction apresenta muito mais do que o apelo de Axl Rose, criado em Indiana. Slash também presenteou a banda com muito blues e energia punk e, quando todos os elementos se uniram, como nos dois minutos finais de "Paradise City", o Guns N' Roses deixou todas as outras bandas de metal para trás, e eles sabiam disso também. "Muitas bandas de rock são muito fracas para expressar qualquer sentimento ou emoção", disse Rose.
Jimi Hendrix Experience
Gravadora/Ano: Reprise 1967
O guitarrista pode, sim, ser um artista individual e inovador. Os riffs incendiários de Jimi Hendrix já eram históricos por si só, unindo-se à luminescência de seus trabalhos com Little Richard e The Isley Brothers. Mas foi com o calor pictórico de canções como "Manic Depression" e "The Wind Cries Mary" que Hendrix estabeleceu a promessa transcendente de psicodelia. "É a sensação de liberdade e imaginação", disse ele sobre o álbum. "A imaginação é muito importante."
The Ramones
Gravadora/Ano: Sire 1976
"Nossas primeiras canções surgiram dos sentimentos de alienação, isolamento, frustração - coisas que todo mundo sente entre os dezessete e setenta e cinco anos", disse o cantor Joey Ramone. Com pouco menos de vinte e nove minutos, o disco é uma rejeição completa do artifício do rock dos anos 1970 e do marco zero da revolução punk-rock. As músicas eram rápidas e anti-sociais, assim como a banda: "Beat on the Brat", "Blitzkrieg Bop", "Now I Wanna Sniff Some Glue".
Beastie Boys
Gravadora/Ano: Def Jam 1986
Licensed to Ill foi uma declaração tão poderosa que os Beastie Boys passaram o resto de suas carreiras vivendo isso. No álbum, a banda criou uma combinação estrondosa de batidas de hip-hop, riffs de metal e rimas exuberantes de smart-aleck. Seria o primeiro álbum número um de hip-hop e um dos álbuns de rap mais vendidos de todos os tempos. É a definição do álbum de estreia que domina o mundo: o choque do novo com um impacto que se estende por décadas.
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