Thiago Pethit e Urias são alguns dos artistas que estão na segunda edição da revista digital Coquetel Molotov.EXE; confira a entrevista entre os músicos
O festival pernambucano Coquetel Molotovacaba de divulgar a segunda edição da revista digital Coquetel Molotov.EXE. De linguagem pop, o conteúdo exclusivo está repleto de sessions, aulas, instalações em vídeos, DJ sets para todos os gostos, lançamentos musicais e uma diversidade de artigos sobre dança, rap, artes visuais, etc.
Ao todo, são 40 atrações diferentes primando pelo ineditismo. Entre elas estão a cantora Urias que, junto de João Arraes apresenta o clipe do novo single "Foi Mal", e o cantor Thiago Pethit, marcando a sua participação ao ministrar um vídeo/oficina que ensina técnicas de preparação, respiração e expressão corporal para apresentações em público.
Além disso, há um filme musical original e exclusivo do pianista Vitor Araújo, realizado em parceria com o cineasta pernambucano Pedro Maia de Brito, e um encontro de Benke Ferraz, do Boogarins, com Tagore na Terras Altas de Tagoretinga, onde o músico pernambucano reina em isolamento.
Em encontro inédito - porém, virtual - Thiago Pethit e Urias entrevistam um ao outro para trocarem experiências sobre as suas respectivas participações na edição digital do Coquetel Molotov.EXE. Confira abaixo a entrevista descontraída:
Thiago Pethit: Eu amo você e amo o João Arraes. Como foi essa parceria e o processo do vídeo que está no Coquetel Molotov.EXE?
Urias: Eu amo tu também, Thiago. Eu e João estamos trampando juntos há um tempo. Ele sempre traz esse toque que só ele tem. Quando pensamos no vídeo, queríamos trazer a maior quantidade de textura possível, queríamos fazer quem assistisse querer tocar as texturas. Ele veio com a ideia de gravar com aquela câmera e eu decidi as texturas das projeções, então, passamos isso para o stylist, André Philipe, e ele veio com a proposta de textura dele também.
Você faz parte de uma geração que está alcançando o auge na carreira bem agora, quando o mercado está semi pausado [por causa da pandemia], sem shows e eventos. Isso te afeta? E como afeta sua criação ou seus sonhos?
Isso nos afeta 100%. Tem sido difícil criar nessa situação em que estamos por conta da falta de perspectiva de todos os lados. Não saber como vai ser conseguir colocar as coisas em prática é um sentimento que tem estado presente. Tem um impulso dentro de mim que me faz ter ideia de que não posso parar agora. Agora que aprendi a correr, preciso usar as pernas.
Sempre te vi como uma pessoa que vive à frente dos nossos tempos. Agora que o tempo se divide entre o antes e o depois, você tem mais saudade do passado ou do futuro?
Do futuro.
Urias: Como foi para você participar da programação do Coquetel Molotov.EXE?
Thiago Pethit: Foi muito legal. E tem sido, na verdade. Desde a estreia da revista digital tenho recebido mensagens todas as semanas de pessoas que assistiram a minha oficina e experimentaram os exercícios que ensinei sobre comunicação. Isso, para mim, é muito gratificante. Até porque ser professor é uma atividade que exerço há apenas dois anos e, apesar de sempre ter sido um grande desejo, de certa forma ainda estava restrito aos meus alunos particulares. Então, está sendo muito legal chegar a mais pessoas, ao meu público e ao público do Coquetel com essa abordagem e oficina.
Como está sendo o processo de criação para você nesse momento?
Acho que estou em modo de hibernação criativa. Minhas inspirações sempre começaram a partir da observação: do mundo e das minhas vivências. E essa experiência tem sido tão louca, estranha e singular que eu sinto que preciso experimentar tudo isso ao máximo. Quem sabe uma hora, a criatividade toma forma para fora de mim.
Nesse período você adquiriu algum tipo de conhecimento que não tinha antes?
De forma bastante prática, acho que sim. Eu estou estudando piano erudito desde abril do ano passado. Vai fazer um ano agora. Mas, acho que de forma mais sutil, devo ter adquirido conhecimentos sobre paciência e resiliência que ainda nem imagino o quão profundos são.
Para acessar a segunda edição da revista digital Coquetel Molotov.EXE e conferir toda a programação, clique aqui.
+++ LAGUM | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO | ROLLING STONE BRASIL
No dia 5 de abril de 1994, o lendário e inesquecível vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, se suicidou aos 27 anos com um tiro na cabeça em Seattle, Washington, Estados Unidos. Desde então, deixou saudades eternas.
Marco para o grunge, músico fascinante, artista memorável e um dos principais nomes da música, Kurt Cobain fez história ao longo da carreira, principalmente acompanhado do Nirvana.
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As canções compostas pelo vocalista para o grupo relembram o quão importante e fantástico ele foi para a história da música. Faixas impecáveis como "Come As You Are", "All Apologies" e "Drain You" dificilmente serão esquecidas.
Para relembrar a grandiosidade do lado artístico de Kurt Cobain com o Nirvana, a Rolling Stone EUA listou as 6 melhores músicas da carreira do vocalista com a banda. Confira a lista:
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6 - All Apologies
Uma grande canção da discografia da banda, "All Apologies" apareceu originalmente no disco In Utero (1993). No entanto, a versão mais lembrada, e possivelmente querida pelo público, é a gravação de novembro de 1993 para o MTV Unplugged.
5 - Drain You
O Nirvana escreveu muitas das canções do Nevermind (1991) antes de gravar o disco, mas a Rolling Stone EUA lembra que "Drain You" foi composta durante as sessões. Kurt Cobain nunca revelou quem inspirou a canção de amor, porém, foi escrita apenas três meses após ele conhecer Courtney Love.
Com certa frequência, Kurt afirmava ser uma das músicas favoritas dele da discografia da banda, e eles a tocaram basicamente em todos os shows nos últimos três anos de atividade enquanto grupo.
"Penso que há tantas outras canções que escrevi e são tão boas [como 'Smells Like Teen Spirit']. Como 'Drain You'. Eu amo a letra e nunca me canso de tocá-la. Talvez se fosse tão grande quanto 'Teen Spirit', eu não gostaria tanto", contou à Rolling Stone em 1993.
4 - Come As You Are
Kurt Cobain era um grande fã dos Pixies e nunca escondeu isso. Muitas vezes, o músico recorria ao método de composição usado pela banda. "Estou ficando tão cansado dessa fórmula. Nós dominamos isso", disse à Rolling Stone em 1993.
Segundo a Rolling Stone EUA, porém, um dos melhores exemplos da fórmula é "Come As You Are", o segundo single de Nevermind(1991). Para a RS EUA, a versão do Unplugged é particularmente poderosa, e o refrão continua assustador.
3 - Heart-Shaped Box
Em uma entrevista de 1994 à Rolling Stone,Courtney Love lembrou-se de ter ouvido o processo de composição de "Heart-Shaped Box": "Tínhamos um armário enorme. E eu o ouvi lá trabalhando em 'Heart-Shaped Box'. Ele fez isso em cinco minutos."
Kurt Cobain começou a trabalhar na música no início de 1992, e a canção foi a escolhida como primeiro single de In Utero(1993). A Rolling Stone EUA lembra que o disco foi produzido por Steve Albini, e a gravadora temeu não ser comercial o suficiente, e Scott Litt foi chamado para remixar a faixa.
2 - Smells Like Teen Spirit
"Smells Like Teen Spirit" foi a canção que trouxe toda a atenção mundial para o Nirvanae deu início a uma nova era da música - e é um dos principais hits da história. "Eu estava tentando escrever uma música pop", disse o vocalista à Rolling Stone em 1993.
"Todo mundo se concentrou tanto nessa música e o motivo pelo qual ela teve uma grande reação é que as pessoas a viram na MTV um milhão de vezes", contou o artista na mesma entrevista.
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1 - Lithium
Não, a Rolling Stone EUA não escolheu "Smells Like Teen Spirit" para o primeiro lugar deste ranking. Segundo a revista, o terceiro single de Nevermind(1991) merece a colocação.
"Lithium" é uma música sobre um cara que passa a se dedicar à religião depois da morte da namorada. Isso o acalma, muito parecido com uma dose de lítio real. É uma incrível música e um dos principais destaques na discografia do Nirvana.
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