No último mês, o músico disse que queria voltar à antiga banda
Tom DeLonge disse mais de uma vez no último mês que queria voltar a tocar no Blink-182, banda que abandonou em 2015. Primeiro, apresentou como um plano para o futuro. Depois, disse que já havia conversado com Mark Hoppus, mas o baixista retrucou que “não existe uma conversa do tipo agora.”
Conversados ou não, agora DeLonge decidiu que não quer voltar para o Blink por sentir que não se encaixa na sua antiga banda “de nenhuma maneira, formato ou jeito”, explicou para o NME nesta segunda, 10. “Fico feliz por meus irmãos do Blink estarem se desenvolvendo, fazendo o que querem e criando a arte que têm vontade. Mas não sigo esse caminho. Eu dou todo o meu apoio. Quanto melhor fizerem, melhor para todos nós. As pessoas veem diferença criativa quando ouvem Blink e quando ouvem Angels & Airwaves [nova banda]. E podem começar a entender porque não me encaixo com as coisas que eles querem fazer.
“Eu tenho muita coisa para dizer. Muitas emoções que quero externar. É muito difícil para mim fazer isso no formato do Blink, mas não significa que não ligo para eles, ou não os amo ou não quero que tenham sucesso. Só significa que eu quero minha própria tela para pintar. Tem algo dentro de mim queimando tanto que vou explodir se não fizer sair”, explicou DeLonge.
Além da Angels & Airwaves, Tom estreou recentemente Unidentified, seu programa do History Channel que explora naves espaciais - e inclusive inspirou mudanças no governo dos EUA. Entre música, TV e ufologia, DeLonge conquista o que quer há anos. “Uma das coisas que me orgulho muito é que há 12 anos, disse para as pessoas que faria livros, filmes e discos ao mesmo tempo como um projeto do Angels & Airwaves. Ninguém acreditou em mim. As pessoas ficavam bravas com as diferenças que tinha com o Blink.”
“Ninguém entendia antes quem eu era e o que eu queria alcançar, porque não busco fama. Não ligo se me aplaudirem. Quero que gostem do que faço, mas não para gritarem meu nome. Esse sentimento é incrível, acredite, arrepia, dá adrenalina e você se sente um deus no palco, mas é só isso. [...] Mas não sou alguém que escolhe o caminho fácil. Sou diferente. Nunca serei complacente com minha arte, nem fazer nada por dinheiro ou por fama. Eu farei algo ambicioso e difícil, que, com sorte, vai inspirar as pessoas a se sentirem melhor. Isso que quero”, completou.