A série fez breves menções a profecia do guerreiro lendário, mas acabou por não desenvolver a trama
Um dos principais pontos que os fãs de Game of Thrones esperam que George R.R. Martin esclareça no próximos dois livros da série é a descendência de Jon Snow (que se revela um Targaryen na série da HBO) e confirmar se ele é ou não o Azor Ahai, o herói da profecia. Mas parece que essas três cenas já deram a resposta, mesmo que de forma sutil.
Para aqueles que não se lembram, oito mil anos antes da chegada dos Targaryen a Westeros aconteceu a Longa Noite, a primeira invasão dos CaminhantesBrancos ao continente. Um herói virou lenda por lutar contra os monstros, o nome dele era Azor Ahai e ele ficou conhecido como o campeão do Senhor do Fogo R’hllor, o deus que Melisandre venera.
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Desde então, a lenda diz que Azor irá reencarnar para combater o mal quando ele retornasse, e para isso iria reforjar a Luminífera, a lendária espada de fogo temperada com o sangue e a alma da mulher amada dele (lembre-se desse detalhe mais tarde).
A teoria diz que Game of Thrones revelou de forma convincente que Jon Snow era a reencarnação de Azor, com base nesses três acontecimentos da trama, baseados nos passos necessários que um indivíduo deveria completar para se tornar o Azor Ahai.
“Para lutar contra as trevas, o Azor Ahai precisava forjar uma espada de herói. Ele trabalhou na arma por 30 dias e 30 noites até ir temperá-la. Entretanto, ao mergulhar a arma na água, a espada quebrou”, diz a profecia.
Jon foi de fato escolhido. Para a Patrulha da Noite, para proteger o mundo das trevas. Ele se testou ao lutar contra os Caminhantes Brancos, criaturas feitas de gelo, ou seja, de água. Ele uniu os exércitos e liderou a batalha contra o Rei da Noite, e venceu.
Porém, Jon viu que a tarefa dele ainda não estava completa, a “arma” que ele representava para proteger Westeros ainda tinha que passar por mais testes.
“Azor Ahai demorou 50 dias e 50 noites para forjar pela segunda vez a Luminífera, ainda melhor do que a primeira. Para temperar a arma dessa vez, ele capturou um leão e atravessou o coração do animal com a lâmina ainda incandescente. A espada novamente quebrou.”
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Logo após o Rei da Noite, a segunda ameaça foi Cersei Lannister e a tirania dela. Vale lembrar que o brasão da casa Lannister é um leão. Cersei morreu, curiosamente presa no próprio castelo, a Fortaleza Vermelha, uma forma de captura, não? Mas, ainda assim, Jon percebeu que a ameaça ainda não havia acabado.
“Azor chamou a esposa, Nissa Nissa, e pediu que ela lhe mostrasse o peito nu. Ele então atravessou a espada pelo coração dela, reforjada pela terceira vez com o sangue e alma da mulher amada, criando finalmente a Luminífera, a Espada Vermelha dos Heróis.
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Jon terminou por matar Daenerys, a mulher amada, porque ela havia se tornado uma tirana. Assim, teria o próprio Jon Snow se tornado a personificação da Luminífera e o Azor Ahai? É uma possibilidade, e ainda existe mais um fato para apoiar a teoria.
“Com a luminífera, Azor lutou contra um monstro. Ao atravessar o inimigo com a espada de fogo, o sangue dela começou a ferver, e fumaça e vapor saíram da boca da besta. Os olhos derreteram e o corpo se incendiou.”
O inimigo final de Game of Thrones era o próprio poder e o desejo de governar, que corrompia os personagens. Esse seria o monstro, simbolizado pelo Trono de Ferro, que de fato “morreu” queimado e derretido.
Então talvez a lenda do Azor Ahai tenha se concretizado, mesmo que de forma metafórica e sutil.