Emissora divulgou nota oficial sobre gravações interrompidas e afirmou que diminuição de receitas com publicidade explica dificuldades econômicas
A TV Cultura divulgou nesta sexta-feira (06) uma nota oficial esclarecendo o cancelamento temporário de programas da grade.
O canal confirmou a suspensão das gravações de Legião Estrangeira, Giro Econômico, Brasil, Mostra a Tua Cara!, Estação Livre e Entrelinhas. No entanto, o documento afirma que a medida não tem relação com o repasse de verbas realizado pelo Governo do Estado de São Paulo.
Ainda segundo o esclarecimento, “a diminuição de receitas da emissora está diretamente ligada a publicidade e prestação de serviços para terceiros e outros”. Em relação ao Governo, a emissora afirmou que mantém relação amistosa com permanente diálogo.
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A maioria desses programas permanecerá no ar por meio de reprises, e as gravações serão retomadas em momento oportuno”, finaliza a nota.
A TV Cultura é mantida pela Fundação Padre Anchieta a partir dos repasses do Governo de São Paulo e de recursos próprios obtidos na iniciativa privada, como é o caso da publicidade.
No último dia 4 de setembro, quando a emissora anunciou a suspensão, o Governo também publicou uma nota afirmando que o orçamento da emissora cresceu para 2024.
A Fundação Padre Anchieta é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos com autonomia jurídica, administrativa e financeira. Na composição de receitas, estão recursos provenientes de aporte do Governo, de leis de incentivo e venda de serviços. No que compete ao aporte do Governo de SP, vale destacar que a instituição possui um orçamento previsto para este ano de R$ 104 milhões, valor 10% maior do que a dotação de 2023".
Ainda assim, sindicatos que representam os jornalistas e radialistas da emissora marcaram assembleias para discutir os impactos (via Terra).
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Thiago Tanji, disse em entrevista que a situação atual gera preocupações: "Desde a eleição do governo Tarcísio de Freitas, percebemos uma pressão sobre a TV Cultura. O próprio governador afirmou ter uma política de enxugar fundações. Avaliamos que há um risco de desmonte na comunicação do Estado."