Diversas histórias famosas foram adaptadas ao longo dos anos - e as versões originais são assustadoras
Os contos de fadas que conhecemos hoje nem sempre terminaram em finais felizes e pares românticos. Na antiguidade, quando a noção de infância não era bem determinada e os contos eram passados oralmente, os valores compartilhados nas histórias eram diferentes, sem preocupação com conteúdo violento.
Diversas histórias conhecidas, principalmente, pelas versões dos filmes da Disney, como Cinderela e Chapeuzinho Vermelho, foram registradas séculos atrás, mas eram passadas oralmente há ainda mais tempo. Narrativas atribuídas a Perrault, irmãos Grimm e outros autores eram repletas de assassinatos e (muito) sangue.
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Além disso, os contos serviam como doutrinadores do povo, principalmente pela lógica da Igreja. Por isso, as histórias estão repletas de simbolismos e valores conservadores do modo como agir em sociedade, principalmente quando diz respeito às mulheres.
Confira as verdadeiras histórias de cinco famosos contos de fadas infantis:
Na versão original da história, publicada por CharlesPerrault em 1697, o lobo mata a vovó, mas não a devora. Ao invés disso, o animal fantasiado oferece a carne para Chapeuzinho comer, assim como o sangue, e a menina se alimenta, pensando que se tratava de um animal e vinho.
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O lobo também pede para Chapeuzinho ficar nua antes de chamá-la para a cama. Após tirar a roupa e se deitar, a garota é devorada pelo lobo. Na versão da Disney, a garota não é devorada e o animal é morto por um caçador.
No mesmo livro que Chapeuzinho Vermelho foi devorada, Cinderela - ou A Gata Borralheira - perde o sapatinho de cristal no baile. O príncipe procura o dono do objeto, e casará com quem servir. Uma das meia-irmãs malvadas da protagonista corta os dedos dos pés para entrar no calçado. A outra, o calcanhar. No entanto, o príncipe é avisado que o sapatinho estava repleto de sangue, e não as aceita como esposas.
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Mais tarde, ao tentarem comparecer à festa de casamento entre Cinderela e o príncipe, as irmãs têm os olhos furados por pássaros. Cinderela também mata a madrasta, quebrando o pescoço dela - tudo isso sem fada marinha, diferente da versão popularizada pela Disney.
Na história original de 1634, escrita por Giambattista Basile, Aurora espeta o dedo e dorme. No entanto, quando o príncipe chega, não dá um beijo de amor verdadeiro para acordá-la. Na verdade, estupra a garota e vai embora.
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Aurora engravida, dá à luz - tudo isso dormindo - e acorda quando os bebês, famintos, chupam o dedo dela e retiram o linho. Outras versões contam que a garota só acorda com os recém-nascidos comendo o corpo da própria mãe - história muito diferente do amor verdadeiro da versão da Disney.
Na versão dos Irmãos Grimm publicada em 1812, João e Maria são abandonados pelos pais para morrerem de fome na floresta, já que os adultos não possuíam dinheiro para sustentá-los. Após sobreviverem à bruxa e conseguirem retornar à casa, as crianças encontram os pais mortos de fome. Na versão Disney, a história é bem menos melancólica e as crianças conseguem voltar para casa pois a mãe se arrepende.
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Escrita por J.M. Barrie em 1911, a história original tem vários acontecimentos muito parecidos com a narrativa da Disney... Mas Peter Pan se encarregava de matar os Garotos Perdidos, quando envelheciam, para evitar a superpopulação da Terra do Nunca.
Também há versões responsáveis por sugerir que o "garoto que não queria crescer" enterrava, diariamente, corpos de crianças e bebês perdidos.
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