A banda usa a música para debater assuntos políticos
O Pearl Jam lançou o disco Gigaton, nesta sexta, 27. Uma das novas músicas, "Quick Escape", fala sobre um desejo desesperado de fugir da América de Donald Trump e encontrar paz em outro lugar.
+++ LEIA MAIS: Pearl Jam: 7 músicas maravilhosas - mas menosprezadas [LISTA]
Não é a primeira vez que a banda assume uma posição política nas músicas. Isso aconteceu em 2002, com o lançamento de "Bu$hleaguer", no disco Riot Act. "Ele não é um líder, ele é um ladrão do Texas", canta Eddie Vedder.
A canção foi lançada em uma época em que George W. Bush era muito popular. Quando o Pearl Jam tocou a música no Coliseu de Nassau, em Long Island, no dia 30 de abril de 2003, a Guerra do Iraque acontecia há semanas e o apoio ao presidente era alto.
+++ LEIA MAIS: Qual é o maior hit do Pearl Jam? (Não é ‘Jeremy’ nem ‘Alive’)
Long Island pode estar perto de Nova York, mas é significativamente mais conservadora, e Vedder foi muito vaiado."Talvez você goste dele, porque ele vai te dar uma redução de impostos. Talvez você goste dele porque ele é um cara de verdade que se relaciona com você porque ele é humilde", disse.
A multidão começou a gritar "EUA!" em resposta. "Estou com vocês", falou o vocalista. "EUA. Só acho que todos nós nesta sala devemos ter voz na forma como os EUA são representados, e ele não permite nossa voz. É tudo o que estou dizendo."
+++ LEIA MAIS: 7 fatos sobre Eddie Vedder que você provavelmente não conhecia [LISTA]
"Nós amamos a América", continuou ele. "Este é um debate aberto e honesto. É assim que deve ser. Se continuarmos assim, coisas boas vão acontecer. Se você não diz nada, não sabe o que vai acontecer. Se não participamos de onde isso está indo, quando somos a superpotência número um do mundo."
No mês anterior ao show, disseram em uma audiência em Londres que estavam "envergonhados" que Bush era do Texas. Foi uma afirmação muito breve, mas viralizou e causou enormes danos à carreira do Pearl Jam, que foi muito atacado pela direita norte-americana.
Assista ao vídeo da apresentação em Long Island:
+++ CORONAVÍRUS: DEVEMOS REALMENTE CANCELAR SHOWS E EVENTOS?