Apresentação no evento também contará com participações de Emicida e da cantora Loalwa Braz, do hit "Chorando Se Foi"
Gaby Amarantos conversou com a Rolling Stone Brasil pouco depois de seu ensaio para o show da Virada Cultural. Ensaio que ela fez somente com a própria banda, já que o voo de sua parceira de palco, Elza Soares, atrasou e ela não conseguiu chegar a tempo de participar. “Vamos passar o som de novo à noite”, disse Gaby, que contou que o repertório, assim como o do show que elas tinham feito no Sesc, penderá mais para o as canções de Elza, que serve como mestre de cerimônias de uma performance cheia de convidados.
“Nós cantamos juntas ‘Ex-Mai Love’, é a única minha”, conta Gaby. “Outra que vamos fazer juntas é ‘A Carne’, que também tem o Emicida, vamos fazer os três. O Emicida ainda tem outro número que é quando fazemos ‘Canto das Três Raças’ em tecnobrega. Ele faz um freestyle em cima.”
Emicida, contudo, não é o único artista convidado. Loalwa Braz, do Kaoma (aquela do hit "Chorando Se Foi") também cantará com Gaby e Elza. “Como o show é às 6h do domingo, eu quero fazer o povo querer ficar para assistir. E estava muito a fim de confraternizar com essas pessoas. O Emicida é um irmão, toda vez que ligo para convidar para cantar ele dá um jeito e vem com todo carinho. A Elza é uma aula, sou super fã, é uma honra poder cantar com ela. E a Loalwa também, porque eu vivi aquela época do boom da lambada na década de 80. Eu não ia conseguir ir pro show dela [na Virada] e fiquei feliz de ela poder cantar comigo.”
Gaby fala de Elza como se fosse uma segunda mãe – aliás, a mãe de Gaby também se chama Elza. “No outro show que fizemos, ela disse 'agora vou ser sua mãe, vou cuidar de você'. Ela dá conselhos: ‘A carreira é por aqui, faça isso, cuidado com aquilo’”, conta, dizendo que Elza se declarou muito feliz de Gaby ter aparecido na música brasileira, porque sabe que ela veio para ficar. “Eu fico quietinha só ouvindo Elza falar.”
O show do Sesc foi feito logo depois que a cantora de 75 anos passou por uma cirurgia. Portanto, ela passou quase o tempo todo sentada, na ocasião. “Eu acho que ela ainda não pode se mexer tanto, mas Elza é aquele banho de disposição. Mesmo tendo que ficar na cadeira, ela levanta, quer dançar, tremer, animar. Mas o que acho mais incrível é que a voz dela está intacta, parece que é a mesma voz de quando ela começou a gravar. Alterou com a idade, é claro, mas é impressionante a potência vocal que a Elza tem”, diz. “Por mim ela poderia ficar só sentadinha ali que já valeria a pena.”
Turnê
O show da dupla ainda não saiu de São Paulo, mas há a intenção de transformá-lo em uma turnê. “O projeto desse show é do produtor Glauber Amaral, ele que teve a ideia de juntar a gente. Ele está com vontade de levar para outros estados, o show foi super elogiado. Espero que role e que a gente consiga conciliar as agendas.”