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Virada Cultural 2014: Tulipa Ruiz saúda a chegada da manhã em show com altos e baixos

A cantora esqueceu a letra de “Às Vezes”, mas se recuperou e satisfez o público ao fim da apresentação

Lucas Brêda Publicado em 18/05/2014, às 11h59 - Atualizado às 13h03

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Tulipa Ruiz saudou a chegada da manhã em show com altos e baixos no Largo São Bento - Fabricio Vianna
Tulipa Ruiz saudou a chegada da manhã em show com altos e baixos no Largo São Bento - Fabricio Vianna

“Viva o sol!”, bradou Tulipa Ruiz por volta das 10h10 deste domingo, 18, no palco Líbero Badaró da Virada Cultural. Ela se referia ao surgimento mais contundente da luz e do calor, antes tímidos na aurora. A cantora deu início a uma apresentação de altos e baixos com “É”, do segundo disco dela, Tudo Tanto (2012). Logo no começo, ela pôs o público para dançar, cantando com simpatia e sorrisos.

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Veio “Like This” e Tulipa se estabeleceu no palco, com os gritos atônitos e contundentes que ficaram marcados na voz dela. Ao interpretar suas letras, a cantora olha nos olhos do público, provocando uma conexão direta, e conquistando até os mais desavisados (“Que troca boa!”, ela comemoraria, mais tarde).

Em “Só Sei Dançar Com Você”, ela se enrolou no fio do microfone, dando vida ao show e despertando o grito dos presentes. Tulipa chegou a arriscar – com sucesso – alguns versos de “Bossa Nostra”, do Nação Zumbi, e emendou a carnavalesca “Megalomania”. Com o calor emanado pelo palco e o sol dando as caras (“Até saiu o sol!”, vibrou Tulipa), o público já trocava o casaco pelos óculos escuros. Parecia que a manhã estava ganha.

Quando cantava “Às Vezes”, a cantora esqueceu a letra por volta da terceira estrofe, admitindo a falha e pedindo ajuda aos companheiros de banda. O instrumental permaneceu dominante até ela relembrar a continuação da música. O erro pode ter passado em branco para o público, mas Tulipa demorou a se recuperar. Ela brincou: “É o branco de domingo de manhã”.

Mesmo as fortes “Víbora” e “Cada Voz” (duas últimas faixas de Tudo Tanto, costumeiramente muito intensas no show da cantora) soaram mornas, e Tulipa parou em frente ao microfone e respirou fundo para dar continuidade à apresentação. Logo em seguida, a banda pisou no freio, e “Do Amor” – que não poderia ter vindo em melhor hora – voltou a dar graciosidade à apresentação. O horário possibilitou a presença significativa de crianças (às quais Tulipa agradeceu ao final) acompanhadas dos pais, somando-se à plateia jovem, majoritária naquele momento.

A certa altura vestindo uma bandeira com os dizeres “PARQUE AUGUSTA JÁ”, Tulipa conduziu com leveza e felicidade o resto da apresentação. Quando “A Ordem das Árvores” deu ponto final ao show, quem acordou cedo – ou virou a noite – saiu satisfeito. Ainda assim, uma das vozes mais representativas da década atual na música brasileira é capaz de despertar emoções mais intensas no público. Pode ou não ter sido “o branco de domingo de manhã”, mas uma coisa é perceptível: Tulipa é capaz de mais.

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