José Mauro Gnaspini, diretor de programação da Virada Cultural, explica o sucesso do evento
José Mauro Gnaspini é a pessoa que tem missão de arrebanhar os milhares de artistas que uma vez por ano oferecem diversão gratuita na Virada Cultural, realizada anualmente em São Paulo (chegando, em 2011, a sua sétima edição).
Falando diretamente do centro de São Paulo, onde ocorre tudo, ele filosofa: "Minha grande preocupação no momento é ver se vai caber tanta gente. Um dos grandes fatores do sucesso da Virada é a diversidade, oferecendo um pouco de tudo para todas as tribos e gostos. Procuramos não repetir atrações. Temos sempre novidades a cada ano".
Um dos atrativos da virada são as atrações não musicais. "Desde o começo da Virada temos atrações diferenciadas, que ninguém espera", explica. "Esse ano, por exemplo, vamos ter stand up comedy e luta livre, além da homenagem ao Zé do Caixão. Mas sem dúvida é a música que desperta o interesse. Graças a ela, chamamos as pessoas para conferir também outros tipos de atração."
Zé Mauro diz que a aposta em nomes pouco manjados também é um dos grandes charmes do agito: "Olha, nada contra, mas eu acho que para você fazer uma grande festa popular não precisa necessariamente ter Ivete Sangalo ou Zezé di Camargo e Luciano. Nós podemos chamar gente cult e não tão conhecida aqui como o organista inglês Brian Auger, que levaria 500 pessoas numa casa pequena, mas neste fim de semana vai tocar para milhares. Gostamos de ousar. Vamos ter ópera ao ar livre. Imagine ver Pagliacci no Pátio do Colégio", conclui.