Apresentação foi marcada pelas reclamações de Sérgio Dias a respeito da qualidade do áudio e pelas confusões na plateia apinhada
Quarenta e cinco minutos antes de começar o show dos Mutantes na São João, a avenida tida como um dos símbolos de São Paulo já estava completamente tomada e era palco de diversos focos de empurra-empurra, furtos e pessoas passando mal por causa do aglomerado. E assim continuou mesmo depois que o show começou, às 02h20, com 20 minutos de atraso, até às 03h50, quando Sérgio Dias e companhia se despediram dos fãs.
Mesmo restando pouco da formação original do grupo, o show de clássicos empolgou o público numeroso. Com tantas músicas da carreira cheia de idas e vindas e psicodelia da banda integrando a lista de queridinhas dos fãs, difícil dizer qual canção dos Mutantes agradou mais.
Trajando o já tradicional figurino de manto, Dias portava também um quepe na madrugada desde domingo, 6. O músico reclamou em diversos momentos do som, primeiro dos microfones, depois do teclado e, então, da bateria. A vocalista Bia Mendes optou por roupas mais convencionais, mas com o detalhe de um adereço brilhante na cabeça. Bia e Sérgio foram os mais teatrais, sempre comandando a energia da noite, fazendo caras, bocas e poses.
No set list estavam as populares "Tecnicolor", “Ando Meio Desligado”, "Balada do Louco" e "A Minha Menina", todas entoadas empolgadamente. “Querida, Querida”, do disco mais recente, Haih or Amortecedor, também marcou presença. O fim foi com “Panis Et Circenses” e “Bat Macumba”, já no bis. Vale ressaltar que poucas dessas faixas apareceram no show da mesma forma como no disco. Em geral, todas foram ou alongadas por solos, ou ganharam umas estrofes e letra a mais, ou então receberam outra cadência, geralmente mais lenta do que a original.