O Converse Rubber Tracks realizou este ano um dos maiores projetos de patrocínio à música. Foram selecionadas 84 bandas de vários países (China, Alemanha, Brasil, Islândia, Peru e Argentina entre eles) para gravar em 12 dos melhores estúdios do mundo no mês de setembro.
Algumas bandas brasileiras tiveram o prazer e o privilégio de viajar para lendários lugares estrangeiros de gravação e, ainda, garantiram a oportunidade única de trocar com produtores e engenheiros de som internacionais.
Uma delas foi a Frida, grupo de indie pop de Gravataí, Rio Grande do Sul, composto por Sandro Silveira (guitarra e voz), Andriel Cimino (guitarra), Vinicius Braga (baixo) e Luis Mausolff (bateria). A banda lançou o primeiro disco em março, e recebeu as chaves do recém-inaugurado Converse Rubber Tracks Studio em Boston, nos Estados Unidos.
Outra banda gaúcha, a Motor City Madness, foi ainda mais longe: para Sydney, na Austrália. Eles foram convidados para registrar seu som no 301 Studios. O rock de Sergio Caldas (Guitarra e Voz), Fabian Steinert (Guitarra), Rene Mendes (Baixo) e Rodrigo Fernandes (Bateria) havia sido gravado duas vezes: em 2013, quando saiu o disco de estréia deles e mais recentemente, sendo que o segundo álbum saiu em abril deste ano.
A curitibana Water Rats esteve no Avast Recording Co. em Seattle, no berço do grunge gravando as seis canções que integram o EP Hellway to High. O grupo, formado por Alex Capilé (guitarra e vocal), Pedro Gripe (guitarra e vocal), Bi Coveiro (baixo) e André Dea (bateria) – que durante as gravações substituiu Renê Bernuncia –, conversou com a revista Rolling Stone Brasil, na edição de Novembro, e listou com orgulho os nomes dos artistas renomados que já tinham passado pelo mesmo estúdio onde eles tiveram a oportunidade de trabalhar: “Bikini Kill, Mark Lanegan, Mudhoney, Band of Horses, entre tantos outros que adoramos”, contou Capilé. “No primeiro dia de gravações descobrimos que ninguém menos do que Jack Endino seria o nosso produtor”, disse, referindo-se ao produtor de Bleach, primeiro álbum do Nirvana. “Ele deu várias dicas sobre os timbres dos instrumentos, mas respeitou a estrutura que já tínhamos. Foi uma honra e um marco na carreira do Water Rats.”
Ninguém menos do que Thurston Moore também deu uma passada no estúdio para dar seus imprescindíveis pitacos. “O Sonic Youth é um grupo que exerce uma grande influência sob nós. Moore apareceu no estúdio e disse que gostou muito do que estávamos fazendo. Ele acompanhou toda a mixagem e afirmou: ‘Esse é o meu tipo de punk rock’. Foi incrível pode conversar com ele e ouvir histórias sobre o primeiro show do Sonic Youth em Seattle”, completou Capilé.