Banda encerrada em 2011 havia se “reunido” para mover ação contra o então candidato, agora presidente dos Estados Unidos
Publicado em 12/11/2024, às 15h51
O White Stripes desistiu de processar Donald Trump, novamente eleito presidente dos Estados Unidos, e sua campanha de retorno à Casa Branca. Encerrada em 2011, a banda formada por Jack (voz e guitarra) e Meg White (bateria) havia se “reunido” com objetivo de acionar o empresário e político pelo uso não autorizado de “Seven Nation Army” em vídeo divulgado meses atrás.
A decisão foi comunicada em uma breve atualização judicial no último domingo (10), menos de uma semana após Trump ter vencido Kamala Harris na disputa eleitoral. Conforme apontado pela Rolling Stone EUA, Jack e Meg optaram por retirar as acusações de forma não definitiva — ou seja, no futuro as alegações podem voltar a ser apresentadas na Justiça americana.
No fim de agosto, a vice-diretora de comunicações da Save America PAC — associada a Trump —, Margo Martin, postou um vídeo onde o empresário entra em uma aeronave ao som de “Seven Nation Army”. A canção original do álbum Elephant (2003) é muito utilizada especialmente em eventos esportivos.
Ao tomar conhecimento da reprodução não autorizada, Jack White se manifestou por meio das redes sociais (via site Igor Miranda). Ele declarou:
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Nem pensem em usar minha música, seus fascistas. Um processo judicial irá chegar dos meus advogados sobre isso (mais um junto dos outros 5 mil). Tenha um ótimo dia de trabalho hoje, Margo Martin. E já que estou aqui, um ‘f#da-se’ também para DonOLD [apelido para Donald], por insultar os veteranos da nossa nação em Arlington, sua escória. Você deveria perder o voto de todas as famílias militares imediatamente se ainda existir algum sentido.”
A ação, agora retirada, foi movida em setembro. Os representantes do White Stripes pediram indenização não especificada pela utilização da faixa. Um trecho do processo dizia:
Os demandantes se opõem veementemente às políticas adotadas e às ações tomadas por Trump quando ele era presidente e aquelas que ele propôs para o segundo mandato que busca.”
Artistas como Abba, Beyoncé e Foo Fighters, entre outros, se opuseram a usos recentes de suas músicas por Donald Trump e sua campanha. Nas outras ocasiões em que tentou se eleger — em 2016, com sucesso, e 2020, quando foi derrotado por Joe Biden —, ele também foi contestado pela utilização de canções de Rolling Stones, Aerosmith, Neil Young, Elton John e mais.
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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.