O Wall Street Journal afirmou que higienização ocorreu entre discurso de Jair Bolsonaro e Joe Biden
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou na Assembleia-Geral da ONU nesta terça, 21, em meio a diversas polêmicas envolvendo o fato de o chefe de Estado ser o único líder do G20 (grupo das maiores economias do mundo) a não estar vacinado. Segundo o jornal Wall Street Journal, o evento higienizou o púlpito após fala do presidente.
Bolsonaro fez o discurso de abertura do evento, seguido pelo presidente norte-americano Joe Biden. No entanto, em reportagem divulgada pelo Estadão, afirma-se que funcionários da ONU limparam o púlpito e trocaram a cabeça do microfone usado pelo brasileiro.
“Os chefes de Estado e seus assessores devem ser vacinados para entrar na sala de reuniões. Mas os funcionários da ONU não fiscalizam o cumprimento da regra, e confiam nos convidados. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que testou positivo para covid-19 em 2020 e disse que não está vacinado, falou antes de Biden. A Casa Branca disse que o púlpito foi limpo e a cabeça do microfone substituída entre os discursos,” informou o Wall Street Journal.
A notícia do jornal, contudo, não deixa claro se a troca da cabeça do microfone, assim como a higienização do púlpito, é um procedimento padrão ou foi um caso isolado após o discurso de Jair Bolsonaro.
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No entanto, conforme explicou o Estadão, o procedimento de higienização não foi realizado entre os discursos presenciais de Abdulla Shahid, presidente da 76ª sessão da Assembleia-Geral, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Ao longo do discurso feito nesta terça, 21, na ONU, Jair Bolsonaro divulgou diversas informações falsas a respeito do desmatamento na Amazônia, auxílio emergencial e os protestos pró-governo realizados em 7 de setembro.
“Concedemos um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020”, diz @jairbolsonaro na ONU. pic.twitter.com/5PB27T3L91
— Metrópoles (@Metropoles) September 21, 2021
No discurso, transmitido mundialmente, o presidente também defendeu o tratamento precoce contra a covid-19, sem eficácia científica comprovada, e assumiu que usou os medicamentos quando contraiu a doença.