Em meio à crise institucional e tensão entre poderes, o presidente estimulou que a população se arme com fuzil
Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a estimular armas à população nesta sexta, 27. A declaração ocorre em meio à crise institucional no Brasil, assim como à tensão entre os três poderes — causada, principalmente, por ataques do presidente ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a Folha de S. Paulo, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta sexta, 27, Jair Bolsonaro estimulou o armamento da população brasileira, pauta por ele defendida desde à campanha eleitoral para as eleições de 2018.
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"Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado." afirmou o presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, o chefe de Estado ironizou quem se opõe ao armamento da população:
"Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz 'ah, tem que comprar feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar," afirmou o presidente em conversa com apoiadores. Nas redes sociais, Bolsonaro também incentiva o armamento, como em publicação realizada na terça, 24:
- Bom dia a todos.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 24, 2021
- Armas legais no Brasil.
- Mais ações divulgadas todos os dias em nosso Telegram: “Jair M. Bolsonaro 1” pic.twitter.com/lghLoezsEo
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A defesa ao armamento da população acontece em um momento crítico em que se intensifica uma crise política e institucional, assim como uma tensão entre os três poderes do governo federal.
Nos últimos meses, Bolsonaro fez diversas declarações em que questionou a legitimidade das urnas eletrônicas, e chegou a afirmar que se as eleições de 2022 não adotassem o voto impresso, poderia não haver a votação.
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Além disso, Bolsonaro e apoiadores convocam o que chamam de “contragolpe” para 7 de setembro. No dia, ocorrerão diversos atos pró-governo e contrários ao STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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